CANTÃO DE BORACEIA - FOTO ROSELI JAN/10 - AONDE RESIDE O MEU CORAÇÃO

O DASA MAHAVIDYA ENTRA NUM FLUXO DE REEDIÇÃO.AO RELER VÁRIOS ESCRITOS AQUI POSTADOS, FICO PASMA E ENVERGONHADA. TOMO CONSCIÊNCIA DA DIMENSÃO DE MINHAS FACETAS DE MULHER. ALGUMAS BRILHANTES , OUTRAS TENEBROSAS.ENFIM PRESERVO AS TENEBROSAS, POIS NINGUÉM FOGE DO QUE É. E QUEM SABE AO REMEXER NESTES CASTELOS DE AREIA, EU ENFIM CONSIGA SARAR AS MINHAS FERIDAS.



QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

DASA MAHAVIDYA - KAMLA

O DASA MAHAVIDYA
livro de areia
atemporal
tal qual as minhas lembranças.

sábado, 30 de janeiro de 2010

A Historia de Deus – 7/15

parte 7



Outro dia pela manhã a minha mãe indaga : “Eu nunca imaginei que isto me aconteceria..”
(referia-se a tragédia da perca de sua casa).. e continua : “O que fiz Deus”.
Ela é uma pessoa muito religiosa, três vezes ao dia faz extensa orações e isto a anos.
Será que um Deus para testar a sua fé , a submeteria ao sofrimento no final de sua vida.
Seria Deus assim ? Um Ser tão repleto de emoções humanas ?

A HISTÓRIA DE DEUS 6/15

parte 6


Ouvi nestes últimos dias o seguinte: “O homem que compreende o outro adquiriu grande conhecimento, o homem que conhece a si mesmo encontrou a sabedoria.”
Estou sempre a me questionar e na procura de sanar minhas feridas. Numa busca incessante por crescimento pessoal, na ilusão que isto me trará paz e felicidade. Ledo engano.
Hoje estou muito triste e solitária, conheço bem as razões. As tenho de sobra.
Gostaria de conseguir chorar, mas meus olhos estão secos. O mar de lagrimas borbulha no ventre , e sua ebulição atinge o peito e morre na garganta.
Preciso de ajuda ! Vejam bem , preciso de colo seguro para desabar e não de pessoas que me tragam mais tristezas.
Nesta solidão, volto aos braços da única fiel companhia virtual , nestes dias. A esse Dasa Mahavidya.
Assisto novamente a postagem , e começo a me indagar : “Porque a concepção de um Deus Único denota uma evolução na espiritualidade humana?”
É uma questão complexa! Respostas de muitas faces ! Refletindo ou devaneando vejo conexões com o distanciamento do homem da natureza. Na concepção de domínio, em senhor do mundo e não simplesmente ser parte dele.
Se isto é uma evolução não estou certa. Só sei que destruímos aquilo que dominamos.

30/01/10 – 19:27h

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A HISTÓRIA DE DEUS 5/15

parte 5




O homem é a sua própria salvação !
Então conhece a ti mesmo.
Até encontrar o divino , o mundano e o profano.

A Historia de Deus – 4/15

parte 4



A devoção é chave!
Estar entregue totalmente naquele instante.
Estágio sublime de se ESTAR/SER.
Não o conheço.
Embora não estou presa ao falso estágio de devoção . Que é o fanatismo espiritual.

A Historia de Deus – 3/15

parte 3

A Historia de Deus – 2/15

parte 2



O meu encontro com Hinduismo aconteceu quando tinha 30 anos, e entrei para uma Ordem Esotérica .
Nesta época aprendi, compreendi o que é acreditar ! Simplesmente acreditar , sem provas.
Hoje busco esta energia , a crença encontra-se perdida dentro de mim.
Por experiência eu sei, que estar conectada a esta energia é sinal de bem-aventurança.
Eu perdi essa conexão, quando o meu casamento se desfez. E experimentei o gosto amargo da traição no amor, na amizade, na família.
Fiquei mais seca e racional.

A Historia de Deus - 1/15

parte 1




A minha fé em Deus oscilou de períodos em períodos.
Apesar de sempre sentir que tudo é vivo !
E Deus é essa energia !
Para você onde está?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

History Channel - O Universo: A Via Láctea (Parte4de5).

LIVRO TIBETANO DOS MORTOS 3/5

parte 3



O Livro Tibetano dos Mortos não é somente um guia para após a morte, envolve ensinamentos para os enigmas da vida.
Os encontros com as Deidades Pacíficas e as Iradas contém ensinamentos pelo crescimento espiritual.
E não existe espiritualidade sem que esta não se revele em nossas ações cotidianas, nas formas como vivemos. Afora isso seriam apenas tratados filosoficos .

domingo, 24 de janeiro de 2010

History Channel - O Universo: Saturno 5/5

5

LIVRO TIBETANO DOS MORTOS 2/5

parte 2


O meu maior temor sempre foi à morte, digo o exato momento dela. Não temo a dor, as doenças e as formas de morrer e sim a não existência.
Freud já dizia que o sofrimento do homem é a angustia de morte e como nosso psiquismo lida com ela. Então o meu temor não é novidade ou exclusividade.
Lidamos com a morte de forma a negá-la, ou remetê-la ao um futuro distante. E o deus Yama nos visita a todo tempo. Em mortes reais, simbólicas , em dias e em formas de existir que nunca mais voltarão . A criança, a púbere que fui , existe somente em minhas
lembranças. Suas formas , suas carnes já muito se transformaram.
Simbolicamente e concretamente vivo a maior de minhas mortes. Não estou buscando renascer, não é chegada à hora. Existe um longo Bardo a percorrer, desafios a enfrentar. Decifrar as incógnitas dos demônios arquétipicos que cruzam e cruzaram na minha jornada, para enfim poder escolher como desejo renascer.

27/01/10.

sábado, 23 de janeiro de 2010

History Channel - O Universo: Saturno 4/5

4

History Chanel - O Livro Tibetano dos Mortos 1/5

parte 1



A morte não virá nos visitar um dia! Ela esta presente a cada instante de nossa existência.
A cada milésimo de segundo, algo em nós morre e alguma coisa emerge viva.
Vida e morte, um turbilhão sem fm.
Tenho experimentado seu gosto diariamente nestes últimos dois anos. Ele é adocicado, e o seu sabor é do “ nunca mais”.
Estou presa numa busca , nos vales do Bardo (espaço intermediário entre a morte e o renascimento). Procura por uma nova forma de existir, desapegando do que foi.
E sem dúvida esta muito difícil !
Por hora vago sozinha pelos labirintos , apenas caminho ! Revivendo e me desapegando do passado, dos objetos, dos amores, dos amigos...........................
Apenas vago

27/01/10

Rose

Namastê

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Durga Mantra (Om Dum Durgayei Namaha) - 54 Reps



Só invocando a Deusa Durga, diante de tanto desespero e indignação.

Cavar grana para construir a casa e pagar 20 anos por um financiamento de algo que

já era TEU!!!!

Deus sempre tem seus motivos, e planos !

Só que porra eu não entendo o que Voce tá dizendo !!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

REFLEXOS



Lambendo as minhas feridas, sozinha, embora não solitária.
Enfim consigo ser uma ótima companhia para mim !
Talvez essa tenha sido a maior lição aprendida naqueles tempos de gestora no NAPS.
Hoje já consigo voltar a falar sobre saúde mental e os equipamentos de atenção ao grave sofrimento psíquico,
Estes tempos em que estive distante de compor neste blog, falar sobre o meu “descarnar” vivêncial. Fiquei a lamber os meus cortes, a lutar contra a infecção em minha alma.
Muita dor, ressentimento e amargura purgavam dela.
Havia também a saudade e a dor de quem se vê obrigada a abandonar as suas crias.
E ai Cronos, regente do tempo, vem e leva toda matéria que organiza nosso” estar no tempo”.
Restam-me as carnes, as entranhas e o frágil fluxo de meu sangue.
Refugiada e acolhida no Vale da Terapia Comunitária, sob os cuidados de novos e antigos amigos, uma hora e outra chegam noticias dos Vales da Loucura, entristecida constato que todo o temor de ontem , hoje é verdade. Um pedacinho de minha alma ainda doente pela infecção da amargura murmura baixinho : -“ Eu não disse e ninguém ouviu , até zombaram de mim . Riam e cochichavam , ela está paranóica.. “ ....”Bem feito, bando de alienados..”
Ao mesmo tempo repudio e acabo guspindo o bocado de comida-vingança , nunca me alimentei desta energia e não vou começar agora!
Fico entristecida e aliviada , eu fiz a minha parte, então esta colheita não me pertence.
Não é preciso ser muito esperta para perceber que esta situação não irá se sustentar por muito tempo. E um novo período de construção terá inicio . As sementes plantadas nas mentes-coração dos usuários hão de germinar novamente.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010

2010

Assim amanheço neste primeiro domingo de 2010, um nó na garganta, lagrima entalada, que insistem em não derramar. Volto ao meu livro de areia.
Forma redigida há um ano atrás, num impulso naquela época reeditei este Dasa Mahavidya, não entendia o impulso de transformar este blog num Livro de Areia. Hoje compreendo que era época do nada e do tudo, da fragilidade de nossas construções. Assim eu vi as esculturas de areias, ruírem. Uma a uma...Esculturas de sonhos, desejos, realizações. Tão efêmeras...Efêmeras...Frágeis...Diante do tempo governado por Dasa Mahavidya Kali.
Só aquele visitado por Dasa Mahavidya Bhuvaneswari, experiência do desnudar das carnes, dos véus que revestem os universos densos desta frágil e ilusória realidade do “TER”. Adentra os Vales das Mandalas de Areia, sinônimo da inconstância, vulnerabilidade do “Ser”. Cada grão de areia contém a centelha quântica de nossas construções sutis e concretas.
Assim, no primeiro minuto de 2010, nós, Família Montanari, unidos nos abraços selados pela esperança e angustia. De pés descalços tocando a terra que um dia foi alicerce de nosso Lar. Construção edificada há 100 anos, herança de meus avós, vitimada pela explosão da pólvora -ganância- poder , jaz como pó e areia. Assim entre lagrimas, choro de quem perdeu a moradia de seu Lar, mas não o amor. Pactuamos a construção de novos alicerces e paredes. Novos, pois nada trará o antigo de novo.

E lá se foi 2009, embora os seus dissabores ainda estejam grudados na pele, como sujeira que insiste em não ser lavada. Talvez porque ainda contenha os sabores da generosidade degustada neste 365 dias de 2009. Como já disse nos momentos de “crise” o pior do ser humano vem à tona, bem como o seu melhor. Degustei desses dois sabores e escolho os doces sabores da generosidade anônima, obra de Dasa Mahavidya Tara.
Assim fui acalentada por Tara neste 2009, antigos amigos vem e me resgatam das garras de zumbis traiçoeiros, sedentos de vinganças. E quando a tragédia se abate sobre a minha família, muitas foram às mãos e braços, conhecidos e desconhecidos, que nos acolheram, e sustentaram a nossa superação.
Namastê a tanta generosidade e compaixão, que ainda nutre a minha alma, preenchendo com carinho as entranhas devastadas do meu ser . Lambendo todos os dias as minhas feridas que ainda purgam.
As chuvas de dádivas que jorram das mãos de Tara me fazem jubilosa, por ser merecedora. Mérito de quem não esconde e nem se arrepende de ser o que é. Desnuda em suas faces, facetas humanas apenas.
Assim deixo os vales percorridos em 2009, descalça, desnuda levando na face o sorriso desnorteado de quem sobreviveu.

Namastê a todos que generosamente acolheram a mim e a minha família, que nos ajudaram a construir um teto, um lar para nos abrigarmos.
Grata a doação de alimento, estadia, dinheiro, mobília e aos braços que executaram a labuta de resgatar o que sobrou. Os colos nos quais debruçamos nossos corações para abrigar nossa angustia e desespero. E ao Bom Humor que resgatou os nossos risos.

Roseli T. Montanari