CANTÃO DE BORACEIA - FOTO ROSELI JAN/10 - AONDE RESIDE O MEU CORAÇÃO

O DASA MAHAVIDYA ENTRA NUM FLUXO DE REEDIÇÃO.AO RELER VÁRIOS ESCRITOS AQUI POSTADOS, FICO PASMA E ENVERGONHADA. TOMO CONSCIÊNCIA DA DIMENSÃO DE MINHAS FACETAS DE MULHER. ALGUMAS BRILHANTES , OUTRAS TENEBROSAS.ENFIM PRESERVO AS TENEBROSAS, POIS NINGUÉM FOGE DO QUE É. E QUEM SABE AO REMEXER NESTES CASTELOS DE AREIA, EU ENFIM CONSIGA SARAR AS MINHAS FERIDAS.



QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

DASA MAHAVIDYA - KAMLA

O DASA MAHAVIDYA
livro de areia
atemporal
tal qual as minhas lembranças.

domingo, 30 de março de 2008

Galopar em Ciclones


Nesta últimas semanas tenho tido muito sono e sonhado muito. O meu self tenta guiar-me através dos universos paralelos dos sonhos.
Nesta última noite reaparece um tema num dos meus sonhos . São os ciclones que ameaçam vir através do horizonte . O meu coração gêla de medo perante estes sonhos!!! Sempre me revelaram tempos dificeis , e eu já estou farta de tempos dificeis!!! Porém este é diferente , eu tento avisar as pessoas com quem trabalho, anunciar a vinda dos ciclones no horizonte . Ninguém me dá atenção , estão presos, hipinotizados em seus afazeres cotidianos , devorando pratos de comidas , envolvidos em fuxicos e outros perdidos em seus discursos, discursando no vazio. Desisto e não aviso a mais ninguém e vou observar o mar e vejo no horizonte uma série de ciclones apontando no horizonte carregado e negro e numa sequência atemporal olho o desfecho da tempestade sobre minha cabeça . Interessante sobre mim ela se dissipa e acima o céu torna-se claro , limpido e azul!
A liberdade reside em nos defrontarmos com visões nada agradáveis , o que tenho visto nestes últimos dias após aceitar a direção técnica do NAPS aonde trabalho , tem me assustado , e no fundo tem me magoado muito ... Vejo que na realidade possuia poucos amigos lá dentro ... em poucos dias as pessoas já me tratam diferente !! E eu não mudei em nada !! Reagem em função da invenja e se comportam como como adolescentes imaturos que cobram e criticam e buscam no fundo um jeito de obter ganhos para si e acusar o outro.
E pasmem assumi só há uma semana !!! Vem a mim no geral com frase que iniciam-se assim :
" O que tenho a me queixar" .... "O serviço está me estressando...porque eu faço e o outro não"
" Nenhuma chegou propando uma construção - conjunta " .
Até agora me pergunto : Qual a aprendizagem que a vida me reserva? Refletindo acredito que esta nova função seja um salto meio atrás e meio a frente em minhas aprendizagens e que ao mesmo tempo me obrigue a sair da toca que me enfei nestes ultimos tempos. Isto é o que vislumbro embora sempre sejamos cegos aos nossos nós existenciais.
Espero ser aprovada nesta nova etapa, mesmo que esta aprovação signifique uma reprovação pública ou pelo que chamo agora dos "outros".
O texto abaixo , eu o escrevi e postei na pagina do perfi de meu orkut antes de dormir e ter esse sonho.
"Não sei o que sou!!!Mais tenho a compreensão que sou mais ..muito mais do que voce espera e pretende de mim !Estou além do que lhe agrade e não pretendo ser nunca só o que voce aceita, e se encaixar momentâneamente nos teus desejos e devaneios. E se voce aceitar que eu não sou essas dimensões dos "esperados" ....quem sabe poderemos ser amigos!E viver uma relação de amizade!No mais seremos apenas conhecidos e colegas, aqueles que se relacionam nas dimensões "usos convencionais mutuos"No balanço desses últimos tempos, vejo que possuo apenas conhecidos e colegas. Os poucos amigos que contei em uma mão pertence ao passado .O meu pai já me dizia que amigos são poucos, realmente nós o contamos apenas em uma das mãos!!!!"
Namastê

sábado, 29 de março de 2008

Quarentena

AVISO


DASA MAHAVIDYA EM

QUARENTENA


ATÉ A VOLTA


COM O DASA MAHAVIDYA


MELHORADO OU COM SEQUELAS


NAMASTÊ

ROSE

sexta-feira, 21 de março de 2008

MAR ADENTRO



Ao rever a minha última postagens , "Os Outros", encarei a dimensão de meu atual núcleo confusional! Não falo Lê com Crê nele! Ele permanecerá assim até o momento que consiga reoganizar as minhas ideias e sentimentos. No fundo tenho a forte sensação que este texto revela chaves importantes de meus circuitos internos! Vamos ter fé na teoria da auto regulagem e acreditar que apesar do pandemonio atual, os caminhos energéticos encontraram saídas que me levaram a águas mais tranqüilas.


Hoje uma sexta-feira santa, analogicamente me situa aos meus últimos 38 dias, saio de férias no carnaval, até então a minha vidinha parca estava organizada, em ordem! Em uma avalanche de sucessões de fatos , acontecimentos que entram em espaço como um tsunami. Invandem adentro e trazem a tona velhos sentimentos e novos aos quais não sei o que fazer. E em meio a tanta água


emoção , a tanta intensidade , tenho que navegar , nadar e agora não é só sobreviver e sim viver!


Sou convidada para assumir a DireçãoTécnica do Núcleo de Atenção Psicossocial , uma unidade alternativa a atenção ao grave sofrimento psiquico. Isto gerou muito confusão internas e externas, necessidade de rever paradigmas , posturas , e mudanças de projetos de trabalho. Este cargo me afasta do fronti ao cuidado clínico , restringui o meu trabalho no consultório. Ou seja ele requer ,por ora , eu atuar fora dos campos de minha paixão e da qual eu fui talhada e lapidada.


Não me perguntem o porque ? Mais não consegui recusar a proposta ! Algo dentro de mim me dizia , chega de esconder , chega de fugir de suas inseguranças e medos. Por outro lado também ouvia uma outra voz interna , voce não pode mais adiar o fluxo de sua vida , há algo para aprender ali.


Tenho que confessar estou aterrorizada, não pelo medo do fracasso, como não tenho nenhuma imagem a prezevar , não temo o fracasso! O que me atemoriza é deixar o meu caminho atual e trilhar para o desconhecido, tenho medo de abandonar o que amo , mais uma vez!


Esta quaresma me confrontou aos meus medos mais íntimos , vide o que narro nos Textos "Silênciados", e eu mal me recuperei e metabolizei os acontencimentos e a vida me traz uma onda que invade a minha vida profissional e a desestabiliza!


Ondas enormes adentram o meu campo afetivo-amoroso, adentram a minha profissão!!!


E digo gente : "Gente eu não sou uma boa nadadora";"Sei remar muito mau"; "Eu não sei surfar"; "Por mais que não goste de adimitir , eu já não sou mais uma moça"!


Ao assumir o cargo as pessoas tanto técnicos e usuários do NAPS , demontram confiarem em mim e em minha competência como Gestora , parece que a única que questiona esta capacidade sou eu! Talvez porque eu me conheça e saiba de meus limites! Por outro lado vejo o reconhecimento por parte das pessoas , como um gesto de carinho . Elas vêem em mim qualidades de ética, transparencia , justiça , honestidade e dedicação . Tenho dentro dos limites do humano um pouco dessas qualidades e não sou igenua é preciso muito mais para ser uma Gestora!!!!


Sinto-me absorvida por esse dilema e muito solitária nele !


Namastê


Após o Calvário , há Ressureição






quarta-feira, 19 de março de 2008

OS OUTROS

Durmo , acordo, reviro na cama . Brigo com a Gata Mouse que insiste em requerer proximidade e carinho e no momento não tenho pra dar.
O suador da febre noturna me acomete esses dias de virose, as vezes alucino que não estou sozinha na cama e procuro por um ombro , um peito e só encontro os traveseiros vazios. As minhas pernas tentam enlaçar outras e só encontro o vazio dos cobertores. Atordoada fico a indagar : "Saudade do sujeito" ? Nem pensar ! Só de pensar a ansia de vomito aumenta!
Ai vem a resposta: " Só queria não estar tão só! "
A cama toma dimensões gigantescas! A última vez que este sentimento me arrebatou , seis meses depois estava amaziada!!eheheheh
Hoje, são outros tempos , acredito que isto não se configure assim.
Em meio ao ardor da febre virulal, um nome de filme martela-me a mente : "Os Outros" ! E sou arremessada a história aonde Nicole Kidman está sozinha com um casal de crianças em uma mansão imensa e sinistra!
Assistiram o filme ? Apesar de ser amante de filmes de suspense e terror e não me amedontrar por pouca coisa, este em particular me dei medo, muito medo qdo o assisti pela primeira vez. E agora entendo a razão de tanto medo, a trama é sobre a alienação da alma, não a social, a politica ou intelectual. Fala sobre a alienação e a soberba da negação do mal que reside em todos nós . Não estou aqui falando de possessões denomiacas e de ações do maligno na vida dos cidadões, Citações tão em voga nos dias de hoje, falo dos sentimentos que não reconhecemos em nós , projetamos no outro e criamos verdades próprias que nos tornam prisioneiros, carrascos , acusadores e por fim vitimas .
O filme acontece , acredito eu que no inicio da 2ª guerra mundial, aonde uma jovem Senhora e seus filhos ficam sozinhos em uma enorme casa , o marido foi para guerra e não há noticias alguma de seu paradeiro. Esta Senhora acorda um dia e se dá conta que os empregados foram embora e que esta só , não se recorda do que ocorreu e o porque a abandonaram . A casa que fica situadaem uma ilha no meio de rio ou lago nos EUA, uma densa neblina cerca os arredores e impede o ir e vir. Seus filhos sofrem de uma grave doença de nascença , aonde não podem ter contato com a luz do sol , se não adoecem e morrem . Há um ritual que permea o filme de fechar cortinas e trancar os comodos a chave assim que cada criança sai do recinto. O ritual é um tormento e uma prissão!
A Senhora é muito religiosa, diria fanatica em tudo vê a obra do maligno e a salvação através da oração , a sua filha começa a questioná-la durante o filme o que a irrita e a torna violenta ou impõem castigos severos e humilhantes a criança. Ela não se dá conta dos sentimentos que as motiva e acreditar ser uma ótima mãe e temente a Deus!
Em resumo a trama esquenta com a chegada de tres camponezes solicitando emprego, de aparencia sinistra , uma moça que nunca fala é a camareira e serviços gerais, uma senhora de meia idade que faz o papel de governata e cozinheira e um senhor idoso que cuida dos reparos da casa e do jardim. Estranhos acontecimentos ocorrem:
> cortinas somem , são retiradas
>chaves dos comodos da casa desaparecem
> comodos fechados são abertos
> estranhas pessoas são vistas pelas crianças , um menino , uma velha etc.
E sempre quando são questionados os autores das mudanças , a resposta pela criada é : "Foram os outros".
No desenrolar do suspense trama sinistra , muito bem arquetada e que nos tira os suspiro , nos damos conta que os empregados estão mortos, assim como é subentidido a aparição do pai , como morto também.
Enfim o filme se desenrola na seguinte trama final : > Todos estão mortos!
> A Senhora em seu desespero , pela solidão , confinamento dividida entre o conflito de amor e ódio pelos filhos, decorrente da doenças deles e de seu fevor fanático religioso que a impedia de de ver e reconhecer a ambiguidade de seus sentimentos . Acaba em uma noite sufocando os filhos com travesseiros e após os matar sucida-se com tiro de espingarda na cabeça. E eles permanecem presos aquele local e apartir desse ponto percebe-se que a única pessoa na trama que estava alienada a situação era senhora interpretada por Nicole Kidman.
Caros leitores , acredito que estejam a indagar : "O que essa mulher tá querendo dizer com toda essa história"? Aonde quer chegar?
Quero lançar uma meditação sobre a cegueira cotidiana que cerca os nossos mundos realcionais, querem sejam eles nos âmbitos pessoais, afetivos, sociais, trabalhista e etc. Não estou falando aqui de grandes analises de conjuturas socio-econômicas -politicas-religiosas, estou falando de nossas pessoas ações no dia a dia que validam e cedimentam este sistema currupto e desumano ao que apontamos o dedo todo dia dizendo : - são eles , os outros os autores do mal que permeia a sociedade.
>Criticamos a currupção , mais não abrimos mão de nossos pequenos ganhos, obtidos por baixo do pano. Nos defendendo dizendo , isto não causa mau a ninguém , é sobrevivência dentro do atual sistema.
E é nestes pequenos atos de sobrevivência que fundamenta os alicerces do sistema que tanto criticamos e combatemos.
Será que em nossa cegueira fanática não adimitimos um quantun de inveja do lugar e das regalias dos tidos "outros"?
Já que em nossas ações e manobras para combater o sistema "dos outros" nos utilizamos dos mesmos artificios e falta de ética?
Aonde reside o mal é sempre nos "outros". Bem sei que todos me responderam que não e farão uma série de análises a nível social , político , religiosos, e psicologico para repudiar e entedermos a questão por outras óticas. Leitores não de análises teóricas que quero falar e sim de como estamos dispostos ou não de abrir não mão no cotidiano de nosso fanatismo cego , de nossos valores e verdades, ou no mínimo reconhecermos o gama de nossas mesquinharias e o quanto é dificil abrirmos mãos dela. O quanto é dificil constatar que o outro somos nós também. E que quando mais certos estamos do lugar que ocupamos no mundo , corremos o risco de estarmos completamente enganados.
Bom já basta de tanto devaneio noturno !!!
Lembrar deste filme me fez relembrar muitos ocorrências em minha vida e talvez a razão do porque teço este retalho de coberto on-line e torno viva e pública a minha história , uma forma de trabalhar e curar o mal em mim . Além de refletir e procurar novas saídas para reparar e não repetir as mesmas ações.
Namastê
Rose

sexta-feira, 7 de março de 2008



Olhando as recentes postagens neste, pricipalmente nesta última semana, deparei-me com uma trajetória que sentia que estava flôr da pele para desabrochar.
Sinto que estou deixando o Vale de meu Refúgio, destes 3 ultimos anos, algumas vezes me cobrava o que por que permaneci tanto tempo aqui? A resposta,hoje, é clara !
Eu morri! O que eu fui morreu! Durante estes anos apenas mantive as coisas básicas e não investi em recuperar o que tinha perdido, porque no fundo eu não estava certa que queira recuperá-los. Os pertencem da minha antiga casa ainda se encontram encaixotados e vou começar a doá-los, nada daquilo me pertecem! Não vou colocar nada no lugar agora. Sinto que tenho que partir de mãos vazias!
Não me preocupa os rumos, não sei se voltarei a Sociedade Análise Bioernergética. Quem será o meu novo amor, se quero ou não viver junto com alguém novamente!
Qual será o meu novo lar, se vou comprá-lo , alugá-lo . O local será em Santo André ou não.
O novo tem me seduzido muito, nasce uma vontade de ir para novas terras, distantes! Compor novas criações , relacionar-se com novas pessoas , sinto este lugar estagnado, sem muito para me oferecer! A prudência segura este ímpeto, diz para avaliar a minha idade cronologica, e que não é seguro mudanças agora! Entretanto a vontade tem crescido, hoje, não é mais fuga ! É uma necessidade de ir !
No final de fevereiro em meio a toda atribulação daqueles dias, com relação a um cargo de comando que me foi cogitado! E as minhas dúvidas em querer ocupar este lugar! O meu coração diz que não e o dever e o compromisso diz que sim!
Neste clima esmagada pelo o que fazer! Abri mão de fazer qualaquer coisa e decidi entregar a minha vida nas mãos de Deus. Absurdo não! Nem tanto, foi a titude mais sabia que tomei até hoje! Sempre fui dividida entre a razão e o coração, e quando não conseguia me entender eu optava em "fazer" e contrafobicamente optava por aquilo que era o meu maior medo , o maior obstaculo a ser vencido.
Desde o meu sonho , onde uma mão feminina me retira um hibrido de cruz espada do peito, não consigo mais optar pelo "fazer". Entendo agora que comecei a entender o universo do "ser" e a força que ele contém.
Estou seguindo o fluxo energético presente neste agora, e foi só nele que consegui encontrar a tranquilidade. Apesar de todo tumulto que foram estes 40 dias, que eram para ser dias de descanço remunerado!
Sai de férias do trabalho, mais não da vida! Acredito que neste dias fora do frenesi
de clinicar dentro de uma unidade de saúde mental de alta intensidade, aonde o fazer
é grande, imenso e nos absorve e não nos leva a lugar nenhum! estar fora do universo do fazer possibilidade este encontro comigo e ver os precipios em que coloco.
Em um texto dos Esqueletos descrevo o meu encontro com a sedução sucida, o impulso de atirar-me ao encontro do "Cair". Acreditem eu me atirei naquela noite daquela janela em direção ao chão, e este ato matou as minhas carapaças, uma Roseli acuada e que se escondia atrás do "fazer".Eu morri para o deveria fazer e me entreguei para o que consigo ser.
Sinto na pele e nas carnes que não estou cabendo nos lugares que estou ocupando agora, e sinto em meu ventre o que meu coração endoça e a minha mente confirma:
"Quando o cilco completa-se naturalmente surge o novo, basta seguir o fluxo e se entregar a ele. Não se nada contra correnteza durante muito tempo! O sabio é entregar-se a ela e alcançará terra firme!
Gosto da mulher que brotou neste chão!

Namastê
Tive um sonho....
Não sonho....
Presa no sonho....
Sonhava...não sonhando..
Era sonho...
Era vida...
Tive medo...mais passou..
Sonhei com o NADA!
Acordei com o DESCONHECIDO!
VISLUMBREI O NÃO FAZER!

quinta-feira, 6 de março de 2008

ANDO SÓ - ENGENHEIROS DO HAWAI

PIANO BAR - ENGENHEIROS DO HAWAI

AÇÕES E DESTINOS


HISTORIAS DA ÍNDIA ANTIGA
RECONTADAS POR MANOJ DAS
(EDITORA SKAKTI)
No misticismo Indiano, O Karma é um conceito altamente complexo. Se as coisas com as quais não contávamos deve nos acontecer como conseqüência de uma certa espécie de ações ou pensamentos de dias anteriores ( ou mesmo vidas passadas), podem ações ou pensamentos de espécies diferentes alterar tais conseqüências? A história seguinte lança uma luz sobre esta questão, embora não se proponha a dar uma resposta ao completo enigma do Karma.
Sofrimentos e alegrias não são exclusivamente conseqüências de atos bons e maus, mas são experências necessárias para o nosso crescimento psíquico. Porém, isso é uma questão diferente.
Na floresta, nos arredores da cidade de Pratisthana, vvia um eremita que era considerado um gênio fantástico para predizer eventos. as pessoas afluíam para ele a fim de saber seu futuro, sem se importar com o fato de que o eremita não gostasse de satisfazer-lhes a curiosidade.
O eremita continuamente mudava de acampamento, adentrando-se cada vez mais na floresta, até que as pessoas ficaram cansadas de procurá-lo e desistiram de sua busca.
Um dia, Vipul e Vijan perderam-se no caminho, enquanto tomavam um atalho na floresta, no percuso entre Pratishana e outra cidade. Perambularam à volta até ficar escuro. Tinham medo dos ataques das feras ou de bandidos e procuravam desesperadamente por um abrigo.
Tarde da noite, viram um feixe de luz atrás de um arbusto. Aproximaram-se do lugar com o coração trêmulo e logo alcançaram uma cabana - perto de um riacho murmurante, numa atmosfera cheia de fragância de sândalo e folhas de Tulsi.
Espiaram dentro da cabana e viram um velho imerso em transe, Adivinharam que ele devia ser o eremita reputado por suas acuradas profecias.
O medo os abandonou na presença do eremita. Acocoraram-se no ch~~ao da cabana e , quando o eremita abriu os olhos, prostraram-se diante dele.
O eremita ouviu a história que contaram e deu-lhes frutos variados para comer.
"Relaxem . De manhã , tomem um banho no riacho. alguns de meus discípulos devem estar aqui depois do amanhecer. Pedirei a um deles para mostrar-lhes como sair da floresta, disse o compassivo eremita.

CONSTATAÇÃO

quarta-feira, 5 de março de 2008

ESPANHOLA

MEDITANDO COM OS GATOS


EM NOSSA ÂNSIA DESMETIDA NOS AGUARRAMOS AO QUE VIMOS, ALGUMAS ATRAVÉS DE ÓCULOS E CREMOS QUE AS DISTORÇÕES QUE ENXERGAMOS SÃO A REVELAÇÃO DA VERDADE.
HÁ DE VER, OUVIR E SENTIR COM OS OLHOS DA "ALMA".
INTUIÇÃO UM SENTIDO DESPROVIDO DE APROVAÇÃO, MARGINALIZADO E MENOSPREZADO.
OS ÓCULOS DO MATERIALISMO QUE A TUDO PEDE A CONFIRMAÇÃO, NOS ALEJA EMUITAS VEZES CONSTRUÍMOS VERDADES AONDE NÃO HÁ. OU MELHOR APENAS LHE VEMOS UMA FACE E CONCLUÍMOS SER O TODO!

MANOJ DAS EM HISTÓRIAS DA ÍNDIA ANTIGA NOS TRAZ UM CONTO, "MEDITANDO COM OS GATOS", QUE NOS REVELA A IRONIA DOS NOSSOS ACERTOS E ERROS NA BUSCA PELA VERDADE E PELA FELICIDADE. ADEMAIS SE NOS ATERMOS E OLHAMOS MAIS ADIANTE VEREMOS QUE A BUSCA DEVE-SE INICIAR POR ONDE ELA NOS APARECER, A ENTREGA MESMO A ILUSÕES SE FAZ NECESSÁRIO.
O MAIOR PERIGO RESIDE EM NUNCA SE ENTREGAR COM MEDO DE NÃO ESTAR CERTO. É CLARO E POSSÍVEL , E EU SEI , POIS VI , O CONTO ESCONDE MUITAS MENSAGENS . APENAS CITEI UMA DAS QUE EU VI , POIS A PEGUEI PARA MIM!

ENTÃO MEDITEM NO CONTO : "MEDITANDO COM OS GATOS"
E DIVITAM-SE !!
ROSE
'O folclore indiano tem algumas jóias de exercício em senso comum. Mais do que qualquer outra disciplina, o misticismo é claro em declarar que nossa inspiração não pode ser imitada por ninguém. Qualquer função destituída de esperíto, torna-se um ritual morto. Esta é uma que investiga a gênese de um ritual.

Ao pé de uma colina, às margens de um rio, vivia um eremita. A floresta à volta fornecia-lhe os frutos e os vegetais que ele necessitava. A água do rio era pura. as pessoas das aldeias vizinhas ficavam feleizes de fazer qualquer coisa para o eremita. Porém, suas necessidades eram poucas.
Muitos acorriam para encontrá-lo. Ouviam conselhos e iam embora. Mas um se apegou a ele, apesar de nunca ter sido encorajado pelo ermita. Contudo, deve ser admitido queo jovem servia bem a seu mestre. ele se arrogava ser o principal discípulo do ermitão e este não se importava.As pessoas começaram a chamá-lo de Chelababa.
Uma tarde, enquanto meditava profundamente, o eremita recebeu um chamado de seu Guru, que vivia nos Himalaias.
"Estou indo para as colinas altas", o ermitão anunciou a Chelababa de madrugada. Na verdade, seu pé direito já estava fora da cabana. Chelebaba foi tomado de supresa, mais conseguiu controlar-se e dizer:
"Por favor, leve-me consigo".
O eremita sorriu amavelmente, mas foi categórico ao expressar sua impossibilidade em levá-lo.
"Qaundo voce voltará?", perguntou Chelababa à beira das lágrimas.
"Por que deveria eu ficar preso a qualquer compromisso sem valor? Sou um asceta. Vou para onde quiser. Não tenho apego a nenhum lugar, voce deve saber disso."
"O que acontecerá a este ermitério encantador?", perguntou Chelababa muito interessado.
O eremita riu e disse:
"O ermitério era para mim; eu não era para o erimitério. Não foram muitos castelos e fortes reduzidos à poeira através dos séculos? O que importa se uma mera cabana desaparecer?"
Chelababa não pareceu apreciar a resposta. Chorou e disse:
"Mestre, pelo menos permita-me viver aqui em sua memória. Talvez um dia você retorne."
O eremita sentiu pean do jovem que, apesar de tudo, o tinha servido tão bem.
"Que seja", disse. "Pode dizer a todos que pedi pra voce conservar meu eremitério."
Não sabemos para onde foi o eremita depois ter encontrado seu Guru. Pode ser que tenha perambulado pelos Himalaias. Trinta nos se passaram. Mas, um dia, talvez tenha se lembrado de seu velho eremitério, às margens do rio, e do discipulo que deixara lá. Decediu visitar o lugar.
Andou durantes vários meses e aproximou-se da colina. Muito havia mudado naquela região e ele, também, mudara muito. Ninguém o reconheceu. No caminho para seu ermitério, encontrou uma feira. Curioso, entrou e o que viu o supreendeu tremedamente. Uma seção da feira era dedicada apenas à venda de gatinhos!
"Este aqui está destinado a crescer e tornar-se um maravilhoso macho, muito apropriado para meditação", explicou um vendedor segurando um gatinho listrado.
"O meu está destinado a se tornar o mais belo gato malhado do mundo - o tipo exato para a pura
meditação", gritou um outro.
"Venham aqui, estes gatinhos são descendentes direto do gato de estimação do Guru, aquele com o qual o grande eremita meditava!", declarou um terceiro.
O eremita ficou perplexo. Levou um homem para o lado e observou:
"Senhor, nunca ouvi falar sobre uma feira de gatos!"
"Como podia ter ouvido? Os discípulos de Chelababa vivem, a maior parte, nesta área. Naturalmente, como o gato é muito importante aqui, nós temos esta feira quinzenal!" disse o homem.
Isso, porém, não satifez a curiosidade do eremita. continuou andando em direção ao seu eremitério. No caminho, ouviu um senhor idoso, chamando a atenção do filho:
"Como pode você pensar em meditar sem um gato amarrado ao pilar? O que pensará de você Chelababa se vier a saber de sua condura extravagante?"
Perplexo cada vez mais, o eremita chegou à margem do rio. Sua velha cabana estava lá, mas era conservada como um santuário sagrado. Seu discípulo, Chelababa, vivia numa bela casa, que lhe fora ofertada por seus admiradores. Alguns discípulos estavam a seu serviço.
Todos olharam com supresa para o inesperado visitante, porém ninguém ousou paraá-lo. O eremita prosseguiu em seu caminho até o quarto de Chelababa. Anoitecia, Chelababa meditava. Diante dele estava deitado um gato. amarrado a um pilar.
Enquanto o eremita olhava com compaixão, veio-lhe a vis~~ao de tudo que havia acontecido. Décadas atrás, ele possuía um gato de estimação. O gato travesso tinha o hábito de brincar com ele e puxar sua barba sempre que o encontrava sentado tranqüilamente. Quando o eremita sentava-se para meditar, amarrava-o a um pilar, para não ser pertubado por ele. Chelababa havia observado esta prática e concluíra que, amarrar um gato ao pilar, era o primeiro requísito a ser seguido para uma meditação saudável.
Assim que Chelababa abriu os olhos, viu seu mestre.
Estava para gritar de alegria, mas o eremita impediu-o a tempo e disse:
"Não tenho a intenção de atrair a atenção dos outros sobre mim . Devo deixar este lugar imediatamente."
"Mestre! por favor, leve-me consigo", em lágrimas , Chelababa implorou.
O eremita sentiu que suas súplicas eram genuínas.
Embora simplório, Chelababa era uma boa alma, um sincero devoto.
"Tudo bem. Encontre-me no outro lado da colina, sozinho, dentro de uma semana. Enmquanto isso, anuncie a seus discípulos que a era da meditação com gatos amarrados ao pilar já passou. De agora em diante , eles podem meditar sem esta formalidade", disse o eremita e foi embora para a
colina."...
conto extraído de "Histórias da Índia Antiga - recontadas por Manoj Das - editora Shakti
Namastê

segunda-feira, 3 de março de 2008

SILENCIADOS






NOs últimos textos denominados de "Esqueletos" e que hoje em sua incompletude, porque leitores eu silencie a sua segunda parte. Deletei o seu conteúdo e deixei apenas casca superficial do que foi!
O motivo é levar a reflexão e instalar a denúncia das armadilhas da comunicação que alimentam as deformações da existência humana, a fuga ao mundo dos delírios ou a construção de devaneios intelectualizados, neuroticamente amputados.
E seguindo o rumo o qual optei traçar nesta existência, compor pela “afetação”, que seja ela na fala, na escrita e ou nas ações. Não que a intimidade exposta naquele texto me incomodava, já falei neste Blogger de passagens que julgo mais intimas e elas continuam on-line, vide Esqueletos I. Quanto aos envolvidos creio que não se incomodaram, pois se omitiram a um posicionando explicito e entendível para mim é sim ou não.
Hoje, não conseguindo dormir pelo grau de afetações geradas neste ultimo mês, volto ao Dasa Mahavidya em busca de resposta e compreensão.É amigos este espaço ganhou vultos do interiores, complexos e profundos de minha mente e coração,diagolo, medito com ele.
Talvez a razão de o Dasa Mahavidya ser classificado como uma caixa de pandora, um espaço desprovido de objetivos claros e organizados. Ele não se enquadra nas classificações “aceitas”. Talvez seja um espaço que busco para me organizar. E a minha organização é desta forma!Na realidade isto não é verdade, o Dasa Mahavidya nasceu com um objeto claro em minha mente.Ao longo desses meses foi sendo inchertado, acrescido de novas procuras, mais o seu rumo é certeiro.O crescimento traça uma trajetória em elipse, antes de seu salto em direção ao acima é necessária a descida para o resgatar do que ficou.
Objetivo por passar a mensagem do como vejo a vida e de como a vivo, como penso, sinto e a construo, e que a psicoterapeuta é construída e reconstruída constantemente por este sistema.
Assim concebo a minha identidade profissional no mundo dos “trans” , não só da trans- disciplinalidade e sim da trans-identidade. A identidade é uma “entidade” viva em constante crescimento e mutação e não um conceito estanque dentro de manuais técnicos e teóricos. Uma vez citei aqui um pensamento de Wilhelm Reich, Pai da Orgonoterapia. Reich refere-se que as fontes da vida são: “O amor, o conhecimento e o trabalho e que estas deveriam também governá-la. Acredito que de muitos de nós,racionalmente, lhe damos o nosso aval , no entanto devidimos as fontes em setores estanques e comportamentalizados. Separamos essas esferas de existências, com a desculpa, que assim podemos analisar e compreender melhor suas particularidades. Caso contrario nos perderíamos nos campos da “afetação”. A teoria sistêmica refere-se que o mapa não é o território, no entanto construímos teorias e técnicas para analisarmos os mapas , o território nos amedronta pelo fato de que ao falarmos dele estaremos falando de nós, pois vivemos e interagirmos no território, nossas ações estão nele presentes. Nos aguáramos no pensamento cartesiano, ou do Jack estripador, para fugir de nossa “afetação”.
A ciência ocidental ao estudar o homem o fez a partir da dissecação de cadáveres, encontraram a anatomia, a fisiologia, e não é de se espantar que não descobriram os fluxos energéticos, os canais sutis de energia. Estudaram a morte e não a vida . Diferentemente o fizeram os orientais que nos seus estudos interagiram com pessoas vivas no seu habitar, encontraram os fluxos da vida, a energia vital.Com este Blogger quero acrescentar que estas fontes de vida não estão desconectadas, elas pulsam, vibram, criam conexões infindáveis e matáveis, geram sistema um próprio e complexo. Com a vida! E nele está inserida o terapeuta e o usuário (aquém cuidamos).
O Dasa Mahavidya nasceu de uma provocação de um colega de trabalho, meses depois de ser admitido na unidade de saúde. Ele me pergunta o norte de meu trabalho, na época fico desnorteada e não consigo responder. E a partir deste momento começo a escrever sobre a história dos 10 anos de criação de um dos NAPS (Núcleo de Atenção Psicossocial) de Santo André, deparo-me com uma séria dificuldade não consigo desvencilhar o processo de construção técnico da clínica, das minhas experiências intimas. Na época atribui isso a minha dificuldade com a expressão escrita e acadêmica e a minha crise existencial profissional e pessoal. Estava errada não conseguia me expressar de outra forma, pois não valorizo estas formas de análises acadêmicas.As bibliotecas estão lotadas de livros sobre teorias de personalidade e técnicas terapêuticas que não nos dão respostas efetivas na clinica cotidiana, a efetividade na resolução dos problemas e sofrimentos destas pessoas.
O objetivo inicial deste blog não está perdido, estou falando de minhas experiências pessoais e profissionais e como é estar interagindo com a "loucura" humana, a loucura de todos nós!Hoje não tenho a presunção de criar novas teorias do funcionamento da personalidade ou técnicas psicoterapicas. Quero falar de minhas ações clínicas e de minha afetação dentro deste sistema, e desta forma criar espaços de reflexão e trocas.Assim é o Dasa Mahavidya, não uma composição multifacetada, sim uma composição de exposição de mil expressões faciais, ele está vivo e pulsando e reagindo nesta interação.Tal como estes textos, digitados no calor da reflexão, segundo o curso dos pensamentos, algumas vezes corrigidos após serem postados, pois estão sempre se criando e recriando e não tenho a pretenção de mostrar” o pronto”,” o correto”,” o compreensível”.
Eu sou assim como o Dasa Mahavidya, complexo, contraditório, incompreensível, repleto de erros e dificuldades, mais profundamente honesta e transparente nas intenções de minhas ações! Na noite em que os fatos descritos nos textos "Esqueletos" ocorreram fui indagada a respeito de estar silenciada, no sentido de não falar das experiências na construção do NAPS, uma experiência muito rica. Sou confrontada com a interpretação de: Como você conseguiu se silenciar por tanto tempo?Respondo eu não me silenciei, eu falei, agi e compus este tempo todo! A minha linguagem não é do discurso acadêmico e analítico! Estive viva e criando estes anos todos e nós somos a expressão de nossa história a cada momento! Basta ter olhos e ouvidos para constatar!
Eu estive no território, por isso não falei dos mapas!E o que me referenda é a devolução, o reconhecimento que tenho com quem mantenho trabalho.
É esta mensagem que deixo quando deleto intencionalmente a segunda parte do "Esqueletos".Ao retirarmos o que é intímo, o que chamo de "miolo essencial”,deixando a cascas e algumas conexões nas parte I e III! Denuncio as contradições e jogos nas comunicações. E no vácuo das cascas, no insuportável dos não ditos, que nos defendemos recheando as cascas com análises que não passam de devaneios intelectualoides, pois são desprovidos do quantum energético de honestidade existentes nos delírios! Embora sejam os delirios incompreensível por sua vez , falam de afetação dos ditos ou melhor diria dos não ouvidos!
Esta noite que denomino de quebras das mascaras em sua primeira intenção objetivava por me apoiar e incentivar a que eu aceite uma proposta que me coloca num lugar de comando e poder. Entretanto os rumos que tomaram as comunicações contraditórias colocam-me cada vez mais distante de aceitar ocupar esse lugar, caso ele seja realmente me disponibilizado. Fato que duvido!
A contradição permanece e me martela o intimo, nesta noite fui classificada como “silenciada” e que minha ações, sentimentos e pensamentos denunciam a eu ser “uma porra louca” . O porra louca é um inconseqüente em suas ações consigo e com o outro.
Um sujeito invadido pela ânsia de seus desejos, cindindo em suas esferas de sentir, pensar e agir. Eu não sou uma “porra louca” ! Conheço o lugar que ocupo na vida, e é estar entregue a afetação de viver! O que não é sinônimo de alienação e sim de honestidade!

O que fica claro após esta longa reflexão é que meu caminho é estar na composição diária da construção desses novos saberes e não em lugares de comando. Questiono-me que urge a construção de novos paradigmas para ocupação dos lugares de comando. Entretanto esta tarefa é árdua, dolorida e solitária, pois os mesmo que compõem comigo hoje, assim que eu descordar do que pensam ou do que lhes é útil, me abandonaram! Já vivi isto e não quero sofrer estas “queimaduras” novamente!
Ontem ao ter que ir a unidade de saúde levar uma usuária que vem ao consultório pedir ajuda. Esclareço que estou em período de férias dessa unidade de saúde mental. E que lidar com esta situação me proporcionou uma afetação e só afetada é que consegui atender a seu pedido de ajuda, Também não falarei dessa experiência agora! Deixo claro porém aqui que se mudar de idéia e aceitar ocupar esse lugar de comando, caso me seja oferecido, é porque amo o que faço e estou inteira na busca de novos saberes que incluam a vida nas ciências. Embora ciente que será uma semente em que os que comporem comigo nem vão enxergar!
Termino aqui dizendo à algumas pessoas que me consideram corajosa e muitas vezes muito "porra louca" :Estão equivocadas eu não possuo nenhum desses adjetivos ! As únicas qualidades que possuo e das quais me orgulho são : Espontaneidade e a Honestidade.
E que este Dasa Mahavidya é uma forma que encontrei de dizer:
“Olha, estou viva e é assim que eu vivo” . Se por acaso estes relatos, reflexões venham a ter alguma contribuição na composição de novos saberes, não sei? Estes desdobramentos não me pertencem, cada um usa , aproveita e valoriza o que vê como bem quer ou consegue.
Para encerrar não vou pedir desculpas pelo calor dessas escritas se por algum acaso esbarrem em feridas de outros e lhe causem dor.
Pedirei perdão, pois só quem assume os lados de nossa miséria existencial tem compaixão pelas esferas da miséria do outro.
Desculpas são ações voltadas a cortesia, as boas maneiras sociais. Pertencem as esferas das duplas mensagens, terceiras intenções.
O atual Dalai Lama em uma entrevista , um repórter de modo capcioso lhe pergunta: -“ O Sr. Refere-se a compaixão, então como vê a questão de sentir compaixão pelo exercito chinês que cometeu e comete tantas atrocidades com povo tibetano?
Com sua costumeira paz e sabedoria responde: “ Tenho compaixão pelo ser humano pois entendo e reconheço a miséria da prisão existêncial em que se encontram , no entando não confunda isto com a ação destrutiva , esta tem de ser combatida?
Perdão pelo drama ou comédia aqui exposto, nomeamos as situações de dramáticas e cômicas para podemos lidar com nossas reações e sentimentos perante a vida e suportá-las , bancá-las energeticamente.
Podem estar certos, agora estou rindo e chorando com a situação, pois estou presente, mergulhada nelas!

Namastê

A miséria existencial, que nos iguala e nos torna simplesmente humanos!
A honestidade existencial, pequeno Samadhi’s que nos restitui a dignidade humana!

Roseli T. Montanari

KITARO LADY OF DREAMS



Sou transportada a um tempo do possível
Assim somos na casa dos 30 anos
Saudades dos amigos e dos amores
Que lá encontrei.....
Um tempo de magia
Trazo um pouco do tempo dos possíveis
Pra este tempo do realizar!!!

LÔ BORGES A FORÇA DO VENTO

LÔ BORGES E VANIA BASTOS EM NUVEM CIGANA

LÔ BORGES EM TUDO QUE VOCÊ QUERIA SER

LÔ BORGES E SAMUEL ROSA ME CLUBE DA ESQUINA 2

LÔ BORGES E SAMUEL ROSA EM RESPOSTA






Quando não há o que falar , fico na gestação !
Empresto as vozes desses poetas!
A quem sou APAIXONADA!
NAMASTÊ

domingo, 2 de março de 2008

ESQUELETOS









A PRIMEIRA APARIÇÃO
ESPECTROS DA SOLIDÃO NOTURNA
PARTE III

E QUEM PODE PREVER OS RUMOS E OS FLUXOS DO CORAÇÃO!
OS HOMENS VIVOS E DECAPITADOS SE FORAM,
JÁ NÃO MAIS ME ASSOMBRAM
E PERMANEÇO NO VÁCUO
UM ESTRANHO VAZIO, UM VAZIO DE ALMA!
UM ESTADO DE SOLITUDE
O CORAÇÃO VAZIO E REPLETO.
AGORA OUÇO, AO FUNDO, SKANK CANTANDO DOIS RIOS.
A CANÇÃO REMETE A BUSCA DO ENCONTRO DO AMOR.
ENTREGA A VIDA E SEM MEDO.
E É ISTO QUE SEMPRE DESEJEI!
E AGORA COM ORGULHO TE DIGO LEITORES:
‘EU ESTOU CONSEGUINDO”
A TEMPOS VENHO DERRETENDO A MINHA MAIOR COURAÇA
A COURAÇA CERVICAL, O BLOQUEIO NO QUINTO CHAKRA.
JÁ VENCI O MEDO DE DIRIGIR, DE FALAR EM PÚBLICO,
DE MOSTRAR A MINHA RAIVA, E AGORA VENCI O PIOR DELES DEMONSTRAR O MEU AMOR.
E O QUE É MELHOR O FIZ DE FORMA SEGURA E ME PRESERVEI!
SOBREVIVE A REJEIÇÃO, EU NÃO MORRI.
PELO CONTRARIO AMANHECI INTEIRA REPLETA DE VIVA.
TRANQÜILAMENTE VIVA!
É CLARO QUE CORRO O RISCO DE ESTAR SENDO CLASSIFICADA DE PIEGAS.
ACREDITO PARA MUNDO DOS DECAPITADOS A CONEXÃO CABEÇA – CORAÇÃO
DEVE ASSUSTAR! É MELHOR RIDICULARIZA-LA
O RIDÍCULO FAZ PARTE DA VIDA!
JÁ PERCEBERAM QUE AS PESSOAS INTEGRADAS, DIGO ESPONTÂNEAS.
FICAM EXPOSTA A ESTES RISCOS, SOFREM DESSES JULGAMENTOS!
MAIS O QUE É VIVER? SENÃO ESTAR ENTREGUE AOS RIOS DA VIDA, SE ARRISCANDO!
NÃO TENHO MEDO DA DOR!
SÓ QUEM ESTÁ VIVO SENTE DOR!
PRESSINTO QUE A PARTIR DE HOJE ABRO AS PORTAS PARA O AMOR!
UM AMOR DE CARNE E OSSO.
AMORES PLATÔNICOS NÃO ME PREENCHEM.
E AMAR É ESTAR PREENCHIDO!
E ISTO SÓ SE DÁ NAS CARNES.
ABANDONO O CURSO DAS RELAÇÕES FINCADAS
NOS MEDOS E NAS VINGANÇAS!
É LEITORES SAQUEI QUE A MULHER VINGAVA-SE DO QUE FIZERAM A MENINA.
REFIZ A PAZ COM OS HOMENS!
DENTRO DELES TAMBÉM EXISTEM GAROTOS ATERRORIZADOS!
SIM GAROTOS FERIDOS EM SUA MASCULINIDADE!
A PSICOTERAPEUTA TEM ESSE CONHECIMENTO, A MULHER NÃO ACEITAVA!
NÓS NOS ESCONDEMOS EM SOBERBAS DISPUTAS DE GÊNEROS,!QUE NOS MUTILA.
E MUTILADOS NÓS PERMANECEMOS SOLITÁRIOS.
A POSSIBILIDADE DE TOMAR CONTATO COM NOSSAS FERIDAS.
NOS APROXIMA DE NOSSA HUMANIDADE.
E COMO HUMANOS NECESSITAMOS DE AMOR, DA TROCA DE AMOR.
ESTAR TRANCADA E DEFENDIDA COM MEDO DA DOR DA REJEIÇÃO.
AMEDRONTADA PELO RISCO DA PERDA .
NOS TRANSFORMA EM ZUMBI, MORTOS VIVOS FAMINTOS.
FAMINTOS DA CARNE DO OUTRO.
E AO CONSUMIRMOS O OUTRO, NOS DESTRUÍMOS!
DESTRUÍMOS NOSSA HUMANIDADE!
E NOS DEFENDEMOS ATRÁS DE CHAVÕES!
DE LIBERDADE SEXUAL E AFETIVA.
QUEM É LIVRE ENTREGA-SE E AMA NAQUELE INSTANTE!
COMPARTILHA PRAZER, RESPEITO E AMOR!
NÃO DEVORA O OUTRO E NÃO SE PERMITE SER DEVORADO.
OS ZUMBIS SÃO SOLITÁRIOS!
POR HORA BASTA
E ESPERO EM BREVE AMIGOS ESTAR DIZENDO
A RESPEITO DO MEU ENCONTRO COM O AMOR.
E CORRENDO TODOS OS RISCO POSSÍVEIS.

Skank - Dois Rios (Samuel Rosa - Lô Borges - Nando Reis)
O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro, é a escuridão
O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também Só pra poder conhecer
O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam Dois rios inteiros
Sem direção
O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
O sol se põe se vai E após se pôr
O sol renasce no Japão
Eu vi também
Só pra poder entender
Na voz da vida ouvi dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam Dois rios inteiros
Sem direção
E o meu lugar é esse
Ao lado seu, no corpo inteiro
Dou o meu lugar pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite as quatro estações


NAMASTÊ

ROSELI T. MONTANARI

Ps.: missão cumprida ..aqui fica o ultimo esqueleto!

Não vou falar mais de "Esqueletos" , não estou mais silenciada!!!

ESQUELETOS














sábado, 1 de março de 2008

ESQUELETOS



A PRIMEIRA APARIÇÃO
ESPECTROS DA SOLIDÃO NOTURNA

PARTE II

O QUE PERTENCE A SOMBRA DA NOITE
DEVE LÁ PERMANECER
ASSIM O QUE É, FOI REVELAÇÃO
GANHA OS CAMPOS EXISTENCIAIS DOS DELIRIOS


Namastê

Aos mestres anônimos desta viagem !
E meus desejos que encontrem o seu quinhão alquímico de libertação!
Grata pela viagem

Hoje, 14/11/08, volto a postar a parte dois do texto esqueleto.
Esta certo que esta escondida em meio as postagens deste quase 10 meses, o faço pois já não tenho nada a esconder, o que no inicio deste ano era tão dificil mostrar, agora não é nada....então fiquem com retalho esqueleto 2ª parte:
A PRIMEIRA APARIÇÃO
ESPECTROS DA SOLIDÃO NOTURNA

PARTE II

Esqueletos.... Recentemente em uma noite dantesca e alquímica, fui intimada por uma “entidade” a compor três textos, analogicamente denominados de esqueletos de experiências vivencias e silenciados ao longo desses anos de trabalho dentro do NAPS (Núcleo de atenção Psicossocial).
Inicio com este primeiro esqueleto, embora deixo claro que não faço só por ter um dedo apontado em minha face em sinal de confronto e desafio. O faço, pois reconheço o som de tom voz que representa. E digo não vou começar falando de experiências como técnica em saúde mental e sim da vivência desta noite ao confrontar o universo da minha loucura. A loucura das armadilhas da comunicação!
Referendada em meu universo tantrico, vejo que as verdadeiras experiências de cunho espirituais acontecem no cotidiano e nos remete as nossas entranhas e ao resgate de nossas loucuras e neuroses, que nos impedem de estar inteiramente entregue e livre nesta existência. Acredito que a iluminação não seja alcançar um estado sobre humano, no fundo o samadhi é o resgate de nossa humanidade de nossa natureza primária.
E como por Tripura Sundari e sua manifestação na vida cotidiana, ou seja, a sua expressão no ciclo das 15 Nityas. Iria fatalmente defrontar-me com as amarras da expressão de minha sensualidade e sexualidade e o medo de estar entregue as paixões e o medo da vida.
E o primeiro esqueleto me aparece na forma de homens vivos decapitados preenchidos por gosma verde, expressão de nossas prisões afetiva, aonde mergulha nos afetos não expressões e nos tornamos prisioneiros de nossos desejos e ânsias, assombrados pela sombra que nos possui. Assim vejo os decapitados escravos dos sentidos das pulsões primárias destorcidas e putrefatas!
Ora somos somente corpos a mercê das “entidades” que nos possui, ora somos cabeças defendidas dentro das racionalizações.
Ora somos acometidos pela psicose ou pela neurose!
A busca pelo Samadhi é à busca da reconexão de corpos e cabeças!
Embora muitos me diagnosticaram no final da leitura deste texto como: “Perdão a razão, toda a autocrítica” ou “Esta atuando os seus traumas” ou pior ainda “ É porra louca mesmo”.
Eu concordo com estas análises, esta é a segunda vez que elaboro o presente texto, a outra não sei como foi deletada, esta perdida em sua originalidade, digo isto, para que compreendam a carga afetiva e energética descarregada neste presente “esqueleto”.
Presa ainda aquela viagem noturna e ao confronto com a sedução da madrugada, o desejo de atirar-me “no precipício” estar acolhida nos braços do esquecimento.Esquecer do que? Martelada por estes sentimentos, retorno hoje àquela noite.
Já pelas tantas daquela noite, estávamos todos mergulhados em nossas loucuras, uns eram sós corpo sem cabeça, outros sós a cabeça sem corpo e outros nos quais eu me enquadro semidecapitados, cabeça presa ao corpo por alguns nervos. Neste estado, desconectamos do chão, mergulhávamos em dimensões paralelas e discursávamos sobre elas sem se preocupar se existia uma inter-relação naquele momento. Estávamos presos aos nossos delírios, embalados na alteração de consciência provocada pelo pouco etílico que consumimos.
Vínhamos de tensões diversas, provocadas por vários eventos durante as últimas semanas, e que nos fragilizaram internamente. Eu por minha parte, e é lógico só posso falar mim, encontrava-me extremamente impactada, dividida entre sentimentos mil’s e neste burburinho eis que vem a mesa um sentimento que vinha negando! Ao me dar conta começo a declarar (de forma cifrada) o meu amor a um amigo presente. Ai instala-se quantum energético de loucura, eu falo uma coisa, nossas mãos grudadas outra, e ele outra. Ele continua falando de minhas ações como técnica na unidade de saúde mental, de meus medos de assumir uma nova proposta de trabalho.
A cena era dantesca, estávamos em dois universos diferentes simplesmente surtados.
A visão desse momento é como: Eu nua em publico, na sua frente e ele elogiando o meu bonito vestido vermelho.
Surto mais ainda, uma parte de mim tenta refrear meu comportamento, mais de nada adianta, continuo a insistir e outro completamente alucinado na frente em outra esfera.
Um verdadeiro filme de Feline.
Não controlando as minhas emoções começo a chorar e a pedir para ir embora e o outro fica indagando você ta chorando, porque? Nos seus poucos segundos de lucidez!
E assim a noite termina e eu acabo dormindo na casa da terceira amiga presente, que em seus delírios tentava conectar os três a terra. Deve-se a ela o pouco contato que podemos ter com a realidade e a preservação de nossa integridade. Era a cabeça presente.

E ai, eu navego pela madrugada descrita na primeira parte desse esqueleto.
E no decorrer desses dois dias, fico impactada, ora chateada pelo acontecimento, ora envergonhada pelo meu comportamento adolescente!
Embora me consolando, o que tá feito tá feito. Você tem o direito de sentir o que quiser e isso não é um crime! Neste dilema permaneço, pensamentos e uma dor emocional apertam o peito. Passa o dia lutando contra o que senti e buscando me esconder atrás de escudos racionais contra um terror profundo que persisti em me dizer: “É destrutivo dizer ao um homem que o ama, principalmente se você não é correspondida” . “Aterrorizada constato que este comportamento é muito infantil, imaturo” ..”Vergonha total!Isto não é comportamento de uma mulher de meia idade” . E façam idéia por ia vai!!!!
Em alguns momentos encontro um alívio: ” Ele não entendeu nada e sabe que ele não se recordar o que ocorreu” ...”Vamos brincar de que nada aconteceu e deixar o dito pelo não dito”...”Negue até o último” ..”Isto é sobrevivência” ... “Deixamos tudo por conta do porre das cervejas”.
Ao levantar neste sábado em entro no Blogger Dasa Mahavidya e releio a postagem do dia anterior e inicio a composição deste texto e no meio da primeira edição entro contato com um insight, sou remetida aos meus 6 ou 7 anos. Estou indo ao quintal de casa nua e enrolada em toalha de banho a procura de minha mãe. Nesta época os muros divisórios da casa vizinha eram baixos o que permitia que a visão dos os quintais das duas casas. Encontro a minha mãe, minha avó conversando com a vizinha e seus dois filhos, os quais eram alguns anos mais velhos do que eu , deveriam estar na faixa etária dos 10 e 11 anos. E minha meninice era apaixonada por um deles, paixão de criança! Ingênua e pura , no entanto com toda a intensidade que só as crianças conseguem ter. Não sei como, alguém puxa a toalha e eu fico nua na frente de todos. Aterorrizada vejo e ouço as risadas, gargalhadas, trocas! E lá fico não sei por quanto tempo, paralisada congelada pelo terror e pela vergonha. E profundamente ferida em minha dignidade e lá permaneci até hoje. O que contribui para construção de mulher que nunca se entregou por inteiro aos seus sentimentos. Várias em trabalhos psicoterápicos em bioenergética entrei em contato, embora nenhum deles trouxe o resgate energético desta criança. Somente hoje consigo chegar até esta menina e resgata-la. E ser a mãe que ela não teve. Cobri-la e acolher seu choro.
Contraditório este meu comportamento, quando exponho ao mundo essa vivência!
Talvez não esteja a continuidade do sintoma neurótico em me apresentar nua ao mundo.
E sim o resgate de que hoje eu posso expressão o que sinto sem medo de ser destruída em
Minha integridade! E as risadas as troças não fazem mais eco em meu coração!
Espero que se por um acaso, meu amigo tenha contato com este texto, entenda que está foi a forma que tive de rechear este Esqueleto!
E perdoe esta infantilidade, o que não poderia ser diferente,pois havia uma menina a ser resgatada!

Por hora basta!

Namastê

Aos mestres anônimos desta viagem !
E meus desejos que encontrem o seu quinhão alquímico de libertação!
Grata pela viagem

Roseli


Roseli