CANTÃO DE BORACEIA - FOTO ROSELI JAN/10 - AONDE RESIDE O MEU CORAÇÃO

O DASA MAHAVIDYA ENTRA NUM FLUXO DE REEDIÇÃO.AO RELER VÁRIOS ESCRITOS AQUI POSTADOS, FICO PASMA E ENVERGONHADA. TOMO CONSCIÊNCIA DA DIMENSÃO DE MINHAS FACETAS DE MULHER. ALGUMAS BRILHANTES , OUTRAS TENEBROSAS.ENFIM PRESERVO AS TENEBROSAS, POIS NINGUÉM FOGE DO QUE É. E QUEM SABE AO REMEXER NESTES CASTELOS DE AREIA, EU ENFIM CONSIGA SARAR AS MINHAS FERIDAS.



QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

DASA MAHAVIDYA - KAMLA

O DASA MAHAVIDYA
livro de areia
atemporal
tal qual as minhas lembranças.

sábado, 1 de março de 2008

ESQUELETOS



A PRIMEIRA APARIÇÃO
ESPECTROS DA SOLIDÃO NOTURNA

PARTE II

O QUE PERTENCE A SOMBRA DA NOITE
DEVE LÁ PERMANECER
ASSIM O QUE É, FOI REVELAÇÃO
GANHA OS CAMPOS EXISTENCIAIS DOS DELIRIOS


Namastê

Aos mestres anônimos desta viagem !
E meus desejos que encontrem o seu quinhão alquímico de libertação!
Grata pela viagem

Hoje, 14/11/08, volto a postar a parte dois do texto esqueleto.
Esta certo que esta escondida em meio as postagens deste quase 10 meses, o faço pois já não tenho nada a esconder, o que no inicio deste ano era tão dificil mostrar, agora não é nada....então fiquem com retalho esqueleto 2ª parte:
A PRIMEIRA APARIÇÃO
ESPECTROS DA SOLIDÃO NOTURNA

PARTE II

Esqueletos.... Recentemente em uma noite dantesca e alquímica, fui intimada por uma “entidade” a compor três textos, analogicamente denominados de esqueletos de experiências vivencias e silenciados ao longo desses anos de trabalho dentro do NAPS (Núcleo de atenção Psicossocial).
Inicio com este primeiro esqueleto, embora deixo claro que não faço só por ter um dedo apontado em minha face em sinal de confronto e desafio. O faço, pois reconheço o som de tom voz que representa. E digo não vou começar falando de experiências como técnica em saúde mental e sim da vivência desta noite ao confrontar o universo da minha loucura. A loucura das armadilhas da comunicação!
Referendada em meu universo tantrico, vejo que as verdadeiras experiências de cunho espirituais acontecem no cotidiano e nos remete as nossas entranhas e ao resgate de nossas loucuras e neuroses, que nos impedem de estar inteiramente entregue e livre nesta existência. Acredito que a iluminação não seja alcançar um estado sobre humano, no fundo o samadhi é o resgate de nossa humanidade de nossa natureza primária.
E como por Tripura Sundari e sua manifestação na vida cotidiana, ou seja, a sua expressão no ciclo das 15 Nityas. Iria fatalmente defrontar-me com as amarras da expressão de minha sensualidade e sexualidade e o medo de estar entregue as paixões e o medo da vida.
E o primeiro esqueleto me aparece na forma de homens vivos decapitados preenchidos por gosma verde, expressão de nossas prisões afetiva, aonde mergulha nos afetos não expressões e nos tornamos prisioneiros de nossos desejos e ânsias, assombrados pela sombra que nos possui. Assim vejo os decapitados escravos dos sentidos das pulsões primárias destorcidas e putrefatas!
Ora somos somente corpos a mercê das “entidades” que nos possui, ora somos cabeças defendidas dentro das racionalizações.
Ora somos acometidos pela psicose ou pela neurose!
A busca pelo Samadhi é à busca da reconexão de corpos e cabeças!
Embora muitos me diagnosticaram no final da leitura deste texto como: “Perdão a razão, toda a autocrítica” ou “Esta atuando os seus traumas” ou pior ainda “ É porra louca mesmo”.
Eu concordo com estas análises, esta é a segunda vez que elaboro o presente texto, a outra não sei como foi deletada, esta perdida em sua originalidade, digo isto, para que compreendam a carga afetiva e energética descarregada neste presente “esqueleto”.
Presa ainda aquela viagem noturna e ao confronto com a sedução da madrugada, o desejo de atirar-me “no precipício” estar acolhida nos braços do esquecimento.Esquecer do que? Martelada por estes sentimentos, retorno hoje àquela noite.
Já pelas tantas daquela noite, estávamos todos mergulhados em nossas loucuras, uns eram sós corpo sem cabeça, outros sós a cabeça sem corpo e outros nos quais eu me enquadro semidecapitados, cabeça presa ao corpo por alguns nervos. Neste estado, desconectamos do chão, mergulhávamos em dimensões paralelas e discursávamos sobre elas sem se preocupar se existia uma inter-relação naquele momento. Estávamos presos aos nossos delírios, embalados na alteração de consciência provocada pelo pouco etílico que consumimos.
Vínhamos de tensões diversas, provocadas por vários eventos durante as últimas semanas, e que nos fragilizaram internamente. Eu por minha parte, e é lógico só posso falar mim, encontrava-me extremamente impactada, dividida entre sentimentos mil’s e neste burburinho eis que vem a mesa um sentimento que vinha negando! Ao me dar conta começo a declarar (de forma cifrada) o meu amor a um amigo presente. Ai instala-se quantum energético de loucura, eu falo uma coisa, nossas mãos grudadas outra, e ele outra. Ele continua falando de minhas ações como técnica na unidade de saúde mental, de meus medos de assumir uma nova proposta de trabalho.
A cena era dantesca, estávamos em dois universos diferentes simplesmente surtados.
A visão desse momento é como: Eu nua em publico, na sua frente e ele elogiando o meu bonito vestido vermelho.
Surto mais ainda, uma parte de mim tenta refrear meu comportamento, mais de nada adianta, continuo a insistir e outro completamente alucinado na frente em outra esfera.
Um verdadeiro filme de Feline.
Não controlando as minhas emoções começo a chorar e a pedir para ir embora e o outro fica indagando você ta chorando, porque? Nos seus poucos segundos de lucidez!
E assim a noite termina e eu acabo dormindo na casa da terceira amiga presente, que em seus delírios tentava conectar os três a terra. Deve-se a ela o pouco contato que podemos ter com a realidade e a preservação de nossa integridade. Era a cabeça presente.

E ai, eu navego pela madrugada descrita na primeira parte desse esqueleto.
E no decorrer desses dois dias, fico impactada, ora chateada pelo acontecimento, ora envergonhada pelo meu comportamento adolescente!
Embora me consolando, o que tá feito tá feito. Você tem o direito de sentir o que quiser e isso não é um crime! Neste dilema permaneço, pensamentos e uma dor emocional apertam o peito. Passa o dia lutando contra o que senti e buscando me esconder atrás de escudos racionais contra um terror profundo que persisti em me dizer: “É destrutivo dizer ao um homem que o ama, principalmente se você não é correspondida” . “Aterrorizada constato que este comportamento é muito infantil, imaturo” ..”Vergonha total!Isto não é comportamento de uma mulher de meia idade” . E façam idéia por ia vai!!!!
Em alguns momentos encontro um alívio: ” Ele não entendeu nada e sabe que ele não se recordar o que ocorreu” ...”Vamos brincar de que nada aconteceu e deixar o dito pelo não dito”...”Negue até o último” ..”Isto é sobrevivência” ... “Deixamos tudo por conta do porre das cervejas”.
Ao levantar neste sábado em entro no Blogger Dasa Mahavidya e releio a postagem do dia anterior e inicio a composição deste texto e no meio da primeira edição entro contato com um insight, sou remetida aos meus 6 ou 7 anos. Estou indo ao quintal de casa nua e enrolada em toalha de banho a procura de minha mãe. Nesta época os muros divisórios da casa vizinha eram baixos o que permitia que a visão dos os quintais das duas casas. Encontro a minha mãe, minha avó conversando com a vizinha e seus dois filhos, os quais eram alguns anos mais velhos do que eu , deveriam estar na faixa etária dos 10 e 11 anos. E minha meninice era apaixonada por um deles, paixão de criança! Ingênua e pura , no entanto com toda a intensidade que só as crianças conseguem ter. Não sei como, alguém puxa a toalha e eu fico nua na frente de todos. Aterorrizada vejo e ouço as risadas, gargalhadas, trocas! E lá fico não sei por quanto tempo, paralisada congelada pelo terror e pela vergonha. E profundamente ferida em minha dignidade e lá permaneci até hoje. O que contribui para construção de mulher que nunca se entregou por inteiro aos seus sentimentos. Várias em trabalhos psicoterápicos em bioenergética entrei em contato, embora nenhum deles trouxe o resgate energético desta criança. Somente hoje consigo chegar até esta menina e resgata-la. E ser a mãe que ela não teve. Cobri-la e acolher seu choro.
Contraditório este meu comportamento, quando exponho ao mundo essa vivência!
Talvez não esteja a continuidade do sintoma neurótico em me apresentar nua ao mundo.
E sim o resgate de que hoje eu posso expressão o que sinto sem medo de ser destruída em
Minha integridade! E as risadas as troças não fazem mais eco em meu coração!
Espero que se por um acaso, meu amigo tenha contato com este texto, entenda que está foi a forma que tive de rechear este Esqueleto!
E perdoe esta infantilidade, o que não poderia ser diferente,pois havia uma menina a ser resgatada!

Por hora basta!

Namastê

Aos mestres anônimos desta viagem !
E meus desejos que encontrem o seu quinhão alquímico de libertação!
Grata pela viagem

Roseli


Roseli

2 comentários:

Anônimo disse...

A vida é o que acontece com cada um enquanto estão ocupados fazendo planos e pedindo desculpas. essa eu adaptei de uma frase da Marilyn Monroe...
todos humanos, demasiadamente humanos.

namastê
grande salve
andré

Rose666 disse...

Uma questão de referencial André.
Se que captei ao que voce se referiu

rose