BHRAMA SHIVA
A mitologia Hindu é notável devido as suas ideias de expansão e contracção do universo. Segundo a cosmogonia hindu, há dois momentos importantes no ciclo temporal do universo: o dia e a noite de Brahman. No dia de Brahma era criado o universo e depois, num determinado instante, o universo era destruído pelo deus Shiva, e começava a noite de Brahma.
Crédito das Imagens:
http://www.chez.com/bharat/hindouisme/shiva.htm
e http://www.chez.com/bharat/hindouisme/brahma.htm
É através dos Vedas, obras escritas em sânscrito do ritual religioso elaboradas pelos arianos, um povo chegado à Índia vindo do noroeste entre os séculos XVI e XIII a.C. que nos chegam as suas cosmogonias. Esta obra começa com o livro do Rig Veda (ou Rg Veda), livro que deve ter sido escrito por volta século XX a.C., continua com o Yajur Veda, contendo o primeiro ritual, o Sama Veda, no qual figuram os cantos religiosos, e o Atarva Veda, o tratado da religião íntima para uso privado dos fiéis. Da análise dos Vedas, podemos reconhecer as seguintes cosmogonias:
1 - A criação pela fecundação das águas originais.
Esta cosmogonia relaciona-se a um hino do Rig Veda. O deus imaginado como Hiranyagarbha (o embrião dourado) paira sobre as águas, Hiranyagarbha incorpora as águas e fecundando-as. Isto deu o nascimento a Agni (o deus do fogo).
2 - A criação através do desmembramento dum gigante primordial, Purusa.
A segunda cosmogonia pode ser encontrado no hino Purusasukta. Purusa é representado como a totalidade cósmica, sendo ele um ser andrógino. A Criação é o resultado de um sacrifício cósmico. Os deuses sacrificam Purusa. De seu corpo desmembrado originam-se os animais, os elementos litúrgicos, as classes sociais, a terra, o céu, os deuses: "A sua boca tornou-se Brahma, o guerreiro era o produto de seus braços, suas coxas os artesões, de seus pés nasceram os servos. A sua cabeça transformou-se no céu, seus pés na terra, a Lua resultou de seu conhecimento, o sol de seu olhar, a sua boca, transformada, em Indra e Agnie o vento de sua respiração. O hino indica claramente que Purusa precede e ultrapassa a criação, todo o cosmos, a vida, e os homens se originam de seu próprio corpo. O Purusasukta ilustra uma cosmogonia de criação pelo sacrifício de um ser divino, antropomórfico.
3 – A criação duma unidade-totalidade, em vez de ser e não ser.
É o hino mais famoso de Rig Veda sendo apresentado como um metafísica. A pergunta é feita, da seguinte forma: como “ser” poderia ter saído do “não-ser” uma vez que, no início, nem "não-ser” existiu nem “ser”. Não havia nem homens nem deuses. A única coisa que existiu era seu próprio impulso, sem qualquer respiração. Não existia mais nada, mas Brahma que derivou do calor. Do potencial gérmen desenvolveu-se o desejo. Este mesmo desejo era a primeira semente do conhecimento. Esta era uma declaração que confunde, que antecipa um dos princípios do pensamento filosófico indiano. A primeira semente dividiu-se então na "elevação" e no "ponto baixo", em um princípio masculino e em um princípio feminino. Brahma precede o universo e cria o mundo derivando-se do seu próprio ser.
4 – A criação pela separação do céu e da terra
O mito da separação do céu e da terra é relacionado ao Purusasukta. Em ambos há uma divisão violenta de uma totalidade com a finalidade de criar o mundo. Finalmente há a criação por um ser divino, artesão universal, Visvakarman, que dá forma ao mundo como um artífice. Este tema mítico é conectado pelos poetas Védicos como tema da criação-sacrifício. Alguns destes mitos também são encontrados entre outros povos indo-europeus. Convém referir que os hindus atribuem quatro idades para o mundo chamadas mahayuga que duram 12 000 anos de mundo. Existem os anos do homem, os anos do mundo e os anos de Brahma. Cada ano dos homens é um dia do mundo. Deste modo, um mahayuga dura 4 320 000 anos do homem, já que no seu calendário o ano tem 360 dias. Entretanto, 1000 mahayuga completos não são mais que um dia Brahma, sendo que uma noite de Brahma dura o mesmo tempo. Um dia e uma noite completa de Brahma é denominada um kalpa, e constitui um ciclo completo para o universo desde a sua criação até a sua destruição.
FONTE DA PESQUISA :http://www.fisicastronomorais.com/mitoshindus.htm
Crédito das Imagens:
http://www.chez.com/bharat/hindouisme/shiva.htm
e http://www.chez.com/bharat/hindouisme/brahma.htm
É através dos Vedas, obras escritas em sânscrito do ritual religioso elaboradas pelos arianos, um povo chegado à Índia vindo do noroeste entre os séculos XVI e XIII a.C. que nos chegam as suas cosmogonias. Esta obra começa com o livro do Rig Veda (ou Rg Veda), livro que deve ter sido escrito por volta século XX a.C., continua com o Yajur Veda, contendo o primeiro ritual, o Sama Veda, no qual figuram os cantos religiosos, e o Atarva Veda, o tratado da religião íntima para uso privado dos fiéis. Da análise dos Vedas, podemos reconhecer as seguintes cosmogonias:
1 - A criação pela fecundação das águas originais.
Esta cosmogonia relaciona-se a um hino do Rig Veda. O deus imaginado como Hiranyagarbha (o embrião dourado) paira sobre as águas, Hiranyagarbha incorpora as águas e fecundando-as. Isto deu o nascimento a Agni (o deus do fogo).
2 - A criação através do desmembramento dum gigante primordial, Purusa.
A segunda cosmogonia pode ser encontrado no hino Purusasukta. Purusa é representado como a totalidade cósmica, sendo ele um ser andrógino. A Criação é o resultado de um sacrifício cósmico. Os deuses sacrificam Purusa. De seu corpo desmembrado originam-se os animais, os elementos litúrgicos, as classes sociais, a terra, o céu, os deuses: "A sua boca tornou-se Brahma, o guerreiro era o produto de seus braços, suas coxas os artesões, de seus pés nasceram os servos. A sua cabeça transformou-se no céu, seus pés na terra, a Lua resultou de seu conhecimento, o sol de seu olhar, a sua boca, transformada, em Indra e Agnie o vento de sua respiração. O hino indica claramente que Purusa precede e ultrapassa a criação, todo o cosmos, a vida, e os homens se originam de seu próprio corpo. O Purusasukta ilustra uma cosmogonia de criação pelo sacrifício de um ser divino, antropomórfico.
3 – A criação duma unidade-totalidade, em vez de ser e não ser.
É o hino mais famoso de Rig Veda sendo apresentado como um metafísica. A pergunta é feita, da seguinte forma: como “ser” poderia ter saído do “não-ser” uma vez que, no início, nem "não-ser” existiu nem “ser”. Não havia nem homens nem deuses. A única coisa que existiu era seu próprio impulso, sem qualquer respiração. Não existia mais nada, mas Brahma que derivou do calor. Do potencial gérmen desenvolveu-se o desejo. Este mesmo desejo era a primeira semente do conhecimento. Esta era uma declaração que confunde, que antecipa um dos princípios do pensamento filosófico indiano. A primeira semente dividiu-se então na "elevação" e no "ponto baixo", em um princípio masculino e em um princípio feminino. Brahma precede o universo e cria o mundo derivando-se do seu próprio ser.
4 – A criação pela separação do céu e da terra
O mito da separação do céu e da terra é relacionado ao Purusasukta. Em ambos há uma divisão violenta de uma totalidade com a finalidade de criar o mundo. Finalmente há a criação por um ser divino, artesão universal, Visvakarman, que dá forma ao mundo como um artífice. Este tema mítico é conectado pelos poetas Védicos como tema da criação-sacrifício. Alguns destes mitos também são encontrados entre outros povos indo-europeus. Convém referir que os hindus atribuem quatro idades para o mundo chamadas mahayuga que duram 12 000 anos de mundo. Existem os anos do homem, os anos do mundo e os anos de Brahma. Cada ano dos homens é um dia do mundo. Deste modo, um mahayuga dura 4 320 000 anos do homem, já que no seu calendário o ano tem 360 dias. Entretanto, 1000 mahayuga completos não são mais que um dia Brahma, sendo que uma noite de Brahma dura o mesmo tempo. Um dia e uma noite completa de Brahma é denominada um kalpa, e constitui um ciclo completo para o universo desde a sua criação até a sua destruição.
FONTE DA PESQUISA :http://www.fisicastronomorais.com/mitoshindus.htm
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