CANTÃO DE BORACEIA - FOTO ROSELI JAN/10 - AONDE RESIDE O MEU CORAÇÃO

O DASA MAHAVIDYA ENTRA NUM FLUXO DE REEDIÇÃO.AO RELER VÁRIOS ESCRITOS AQUI POSTADOS, FICO PASMA E ENVERGONHADA. TOMO CONSCIÊNCIA DA DIMENSÃO DE MINHAS FACETAS DE MULHER. ALGUMAS BRILHANTES , OUTRAS TENEBROSAS.ENFIM PRESERVO AS TENEBROSAS, POIS NINGUÉM FOGE DO QUE É. E QUEM SABE AO REMEXER NESTES CASTELOS DE AREIA, EU ENFIM CONSIGA SARAR AS MINHAS FERIDAS.



QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

DASA MAHAVIDYA - KAMLA

O DASA MAHAVIDYA
livro de areia
atemporal
tal qual as minhas lembranças.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

LIVRO DE AREIA - CAPITULO 24 (CONTINUAÇÃO)**

TÍTULO : DESTRUIÇÕES
SEM TEXTO
MARCADOR : CRIAÇÃO DE DASA BHUVANESHWARI
15/06/08 POR BAGALA ÀS 15:31

TÍTULO : Dissolution Ceremony

15/06/08 POR BAGALA ÀS 21:53

TÍTULO : SAND MANDALA

15/06/08 POR BAGALA ÀS 22H

TÍTULO : CONSTRUÇÕES COLETIVAS


ESTE BELO VÍDEO SEMPRE QUE O ASSISTO ME LEVA IMAGINAR SER POSSÍVEL NA VIDA E NO COTIDIANO TAMBÉM COMPOR ASSIM.
O COLETIVO CONTIDO NA INDIVIDUALIDADE E VICE VERSA.
NO AGUÁRAMOS NA INDIVIDUALIDADE, POIS ESTAMOS ATERRORIZADOS COM A POSSIBILIDADE DA DILUIÇÃO DE NOSSOS EGOS. SEM PERDER A NOSSA CABEÇA NÃO ENCONTRAMOS NOSSO SELF.
O UM TODO E TODO NO UM!
NAMASTÊ
15/06/08 POR BAGALA ÀS 22:08

TÍTULO : CONSTRUÇÕES INGÊNUAS

ALGUMAS VEZES FICO A PENSAR FOI SÓ UM FAZ DE CONTA?
AFINAL DAS CONTAS EU ME SENTI VIVA NELE!
ENTÃO FOI REAL, SEM DUVIDA!
NAMASTÊ
15/06/08 DE BAGALA ÀS 22 H

TÍTULO : VERDEJANTE ESPERA


Neste dia em que encontro um tanto desolada,
Meditando em que caminhos seguir,
Ou como sobreviver dentro de tanta desolação. Encontro essa bela música, que fala ao meu coração.
E entendo que só sobreviverei tendo como norte minha paixão pela vida e de como a concebo.
Não posso me desviar do que sinto e acredito.
Então vou seguir solitariamente como aprendiz!
Namastê
15/06/08 POR BAGALA ÀS 22H

TÍTULO : SEM TÍTULO
Minha concepção de bioenergética - 09/03/08
A terapias corporais pautam –se em uma premissa de unicidade do funcionamento do individuo em relações aos aspectos orgânicos e psíquicos .Entende o ser humano como sistema integrado, onde mente e corpo são funcionalmente idênticos, isto é, o que ocorre na mente reflete o que está ocorrendo no corpo e vice-versa, e os processos energéticos inseridos nesta relação. Entende como as funções básicas da vida a produção energética obtida através da respiração e dos processos metabólicos. E a sua descarga em ações expressa ou não. A quantidade de energia que uma pessoa tem e como a usa determinam o modo como responde às situações da vida. Neste sentido está voltada a busca de equilíbrio e no resgate do potencial do individuo para satisfação e a alegria de viver.
Ao buscar respostas para o trabalho bioenergético com psicóticos, nos deparamos com a problemática de estabelecer um aumento de carga energética em um corpo esfacelado com graus precários de grouwding, ancoragem energética na realidade, e fragilidade nos sistemas energéticos de contenção das pulsões originárias do interior do organismo, bem como as advindas do meu ambiente. O aumento de carga sem dúvida ocasionaria processos cartáticos e a emergências de materiais psíquicos, num individuo sem estrutura para metabolizá-lo, em conseqüência estaríamos recriando a dinâmica energética do “surto psicótico”.
Num campo de experimentação, aonde me despi do arsenal técnico até então conhecido na pratica terapêutica com outras dinâmicas e sistemas de sofrimento psíquico. E ancorada as teses de:
Ø Wilhelm Reich de que o organismo humano está sempre voltado a busca da auto-regulação, ou seja, manutenção da vida e busca o equilíbrio energético;
Ø Somando-se a tese da Teoria sistêmica da auto-regulação dos sistemas, vivos e sociais, aonde o sistema sempre vai procurar a “melhor” saída para re-estabelecer o equilíbrio;
Ø Introduzindo as descobertas de Lowen sob o fluir energético no corpo vivo, as noções de carga e descarga nos exercícios e focando o trabalho energético nos conceitos de grounding, contato de individuo com sua realidade interna e externa;
Ø Os conceitos de Stanley kelleman de construção e desconstrução da forma, aonde o individuo toma posse e consciência de como estrutura as suas formas corpo-sensação-pensamento-ação nas suas interações existenciais; e na construção do seu self.
Ø Baseando na premissa de Winnicott, aonde uma mãe suficientemente boa é monótona, entendo como mãe, o “ambiente” que acolhe e estrutura as atividades. E que o foco está sempre voltada às necessidades, capacidades, limites e ritmo do outro e que é neste campo de segurança do previsível que se estabelece às bases das relações terapêuticas de vinculação.
Ø Wilhelm Reich em Análise do Caráter estrutura a técnica psicoterapia focada nas relações de vinculo, e nos processos de transferência, orientando a análise no sentido de não interpretar os variados materiais que emergissem numa sessão de forma aleatória, por que sejam sedutores no sentido do quadro e história do paciente, se este não estiver ancorado ao conteúdo e as camadas psíquicas que estão sendo analisadas. A sua interpretação prematura em nada contribuiria para o avanço da psicoterapia e sim poderia confundir o trajeto da mesma.
Esta visão de foco e estratificação do desenvolvimento do processo em camada, influencia a minha atuação como terapeuta corporal. A minha primeira formação dentro das terapias corporais foi como analista de caráter.
Estes pensares servem de base e orientam o foco do trabalho terapêutico em estruturar o corpo-self, dentro da limitação energética do grupo, tendo como termômetro os níveis baixos de suporte de energia emergentes nos processos grupais.
As sessões de grupo eram estruturadas por atividades rotineiras e com poucas variações de dinâmicas. Sempre focadas em estabelecer os conceitos energéticos de: grounding, eixo- equilíbrio, foco, contato, ritmo, pulsação e as noções de dentro e fora do corpo. A intensidade e a duração das atividades do grupo obedeciam a curva orgástica de Reich (carga-contenção-descarga-elaboração), desta forma a atividade estruturava-se em dia e hora marcada para acontecer mais a duração das sessões eram variáveis.
Defrontando-me com as dificuldades de muitos , no grupo, em elaborar as experiências vividas fui lançando mão de técnicas expressivas , de desenhos mandálico que constituíam um rolding, um útero protetor e organizador dos materiais psíquicos e energéticos lá experienciados, com o passar do tempo comecei a utilizar das técnicas de Ikebanas ( arte oriental de fazer arranjos florais) como instrumento elaboração e organização dos conteúdos internos para o externo e instituindo as noções de tempo-espaço e de dos ciclos de criação-vida-morte.
Acreditando na não neutralidade terapêutica o papel do terapeuta e do co-terapeuta eram ativos e inseridos no contexto grupal, estando ali com seus afetos e limites, desta forma tornando-se um elo , um “porto seguro” de estruturação da identidade do grupo.
O crescente desdobrar dessa identidade grupal desemboca na construção de uma Coletividade de Bio. As atividades do grupo eram desenvolvidas em salas improvisadas, sem um lugar adequado e digno dentro da unidade de saúde mental. A partir dessa necessidade o grupo opera mudanças nas dependências físicas da unidade de saúde e com recursos próprios, e com doação e com a colaboração de outros usuários e técnicos que não compunham o grupo, reformam uma sala e a equipam para as atividades de bioenergética. Ganhando assim uma identidade própria dentro do equipamento de saúde.
Hoje ,está sala existe enquanto um lugar não só para as atividades de “Bio”, ocupando um lugar das terapias corporais, como Yoga, Liang kun, tae-kon-do entre outras.
No desenvolvimento deste processo ao longo dos anos e com a composição de novos saberes através da composição com outras técnicas, principalmente a arte e a terapia ocupacional , e os desafios no enfretamento de encontrar novas ações nos cuidados ao grave sofrimento psíquico e a sua inclusão social, ampliam a concepção do trabalho de bioenergético e o levam para fora dos conceitos tradicionais da clínica terapêutica.
Ø Conceber e enxergar o individuo além de seu diagnóstico, seu sofrimento e suas limitações, rompe-se com o preceito clínico de que só curado ou compensado o psicótico pode ser produtivo ou ocupar um lugar produtivo na sociedade.
Ø Amplia-se a concepção da atenção aos cuidados grave sofrimento psíquico, uma intervenção pode conter múltiplas e trans-ações, ela é psicoterapica, pedagógica elaborativa e neste sentido promove a humanização, a individuação e a inclusão.
E nesta trans-multiplicidade a bioenergética compõe em trabalhos fora do setting psicoterapico tradicional indo de encontro a composição com a arte e os fazeres cotidianos, ganha as ruas, os passeios, os lares dos usuários.
Lowen concebe que a bioenergética é um caminho para uma vida vibrante, e que uma saúde vibrante não é só ausência da doença, eu diria que o individuo é mais que sua doença e focar em suas potencialidades e desenvolver a sua autopercepção, a auto-afirmação e a sua criatividade, chaves para que ele recupere a sua individualidade, independência e vitalidade.
Lowen , no encerramento de seu livro “Prazer”, refere-se que todo objetivo terapêutico é desenvolver e resgatar o potencial criativo do individuo.
Na verdade, as tentativas para modificar a natureza animal do indivíduo só em parte são bem sucedidas. O processo de domesticação só consegue ir até certo limite. Atrás da atitude submissa encontraremos uma camada de desafio e rebelião associada a negativos e reprimidos sentimentos hostis. Atrás da rebelião explícita e da destrutividade de muitos jovens de hoje encontra-se uma camada de submissão associada a sentimentos reprimidos de medo e desespero. Nos adultos, a atitude submissa é a defesa contra sentimentos internos de rebelião e hostilidade, enquanto a rebelião explícita é uma reação à submissão interna. Nenhuma das duas é atitude criativa e , em nenhum dos dois casos, há auto-aceitação.
A terapia, para ter sucesso, deve passar por essas camadas e alcançar o âmago do individuo. Para abrir o coração de alguém à alegria, é preciso antes restaurar sua inocência, restaurar a fé em si mesmo e na vida. Deve-se , em outras palavras, fazê-lo voltar aquele estado em que essas qualidades caracterizavam sua existência. Esse estado é a infância.
A pessoa que aceitar a criança dentro de si terá capacidade de aproveitar a vida. Terá curiosidade, o que abrirá a novas experiências. Terá a excitabilidade para reagir com entusiasmo. Terá a espontaneidade necessária para se auto-expressar. As crianças estão próximas da alegria, porque ainda mantêm parte de sua inocência e fé de que foram dotadas. É por isso que Jesus disse: “Elas são o reino dos céus.”
A pessoa criativa não é uma criança. Os adultos que tentam ser infantis em sua procura de divertimento são irrealistas e auto-destrutivos. Seu comportamento é infantil , sua motivação é escapista e sua atitude, sofisticada. O adulto maduro está próximo à sabedoria, pois já viveu e sofreu. A despeito desse sofrimento e seu conhecimento da vida, está em contato com a criança que foi e, até certo ponto, ainda é. Nossos sentimentos em relação à vida, ao amor e ao prazer não mudam à medida que crescemos. Embora nossa forma de expressar esses sentimentos possam mudar, permanecemos crianças em nossos corações. Na pessoa criativa não há separação ou barreira entre a criança e o adulto, entre o coração e a mente, entre o ego e o corpo.
Sob certo aspecto, toda a auspiciosa terapia termina em fracasso. Não se consegue a imagem desejada ou a perfeição. O paciente compreende que sempre portará alguma deficiência. Sabe que seu crescimento não está completo e que o processo criativo iniciado na terapia está doravante sob sua responsabilidade pessoal. Não sai da terapia pisando nas nuvens. Os que assim fizerem serão candidatos a um colapso. Ao contrário, sente que seus pés estão no chão, que conseguiu apreciar a realidade e que desenvolveu atitudes criativas em relação a problemas que terá que enfrentar. Sentiu alegria, mais também tristeza. Retira-se com a sensação de auto-realização que inclui o respeito pela sabedoria de seu corpo. Readquiriu seu potencial criativo.”

(Alexander Lowen- Prazer uma abordagem criativa da vida - Summus Editorial)
Lowen expressa-se brilhantemente o que tenho vivido em minha pratica como analista bioenergética. Aonde acrescento que a aquisição dessas potencialidades não ocorreu de forma linear, somos um sistema complexo, e muitas a introdução de um novo potencial através de experiências expressivas provoca uma reorganização sistêmica que aumento o contato com nosso self e se reflete em ações criativas na resolução de dificuldades intimas e concretas.
Este processo pode ocorrer dentro de settings terapêuticos, em oficinas terapêuticas e artísticas, bem como inseridas em atividades cotidianas.
O presente texto descreve a jornada de 10 anos como Analista Bioenergética do Núcleo de Atenção Psicosocial - 2 em Santo André, sendo o ponto de partida para discussão das ações
em saúde mental frente ao grave sofrimento psiquico . E como hoje concebe a teoria e técnica ,
e o papel do terapeuta envolvido nesta ação.
Por enquanto é só amigos,
Namastê


a moça da lanterna 29/01/08
Bem comecemos! Alguns que me conhecem diriam : Já era hora de falar de sua experiência profissional como Analista Bioenergética , Psicoterapeuta Reichiana nos cuidados ao grave sofrimento psíquico. Eu digo tudo há seu tempo! Ou só agora que dissolvo as minhas couraças expressivas e perdi os medos da exposição e da critica , consigo me organizar e elaborar a minha fala.Contudo não esperem aqui postulados acadêmicos estes não são as minhas veias expressivas, a minha escrita é simples e permeada de "eu's". Um eu afetado pelos afetos ! Sempre!Inicio falando sobre Identidade Profissional.Apesar de ter gavetas cheias de títulos , entre eles: psicóloga , psicoterapeuta reichiana, analista bioenergética, terapeuta em técnicas corporais orientais , entre outros que já me esqueci nestes longos 23 anos de formação. Elas não norteiam a minha experiência profissional no sentido técnico, não são instrumentos de trabalho . A bioenergética é uma visão de mundo, uma porta aberta para novos saberes e experiências e novas criações.Quem me conhece no dia a dia , sabe que abomino ser um "Papagaio Intelectual" , ficar citando teorias e teóricos para referendar o que digo e faço. A ciência, o conhecimento e a sabedoria não são posses pessoais, elas pertencem à humanidade . E uma visão científica , um dado conhecimento só torna-se sabedoria quando eu o interiorizo , elaboro e o assimilo ,ele torna-se parte de meu "eu".E uma técnica ou teoria só é comprovada na pratica e no cotidiano clínico , não só dos psicoterapeuta, e sim e principalmente que façam sentido e transmutem as dores daqueles a quem cuidamos, que buscam as nossas ajuda. Caso contrario, ficaremos sempre reinventando teorias que amenizem ou encubram as nossas dificuldades e insegurança em nossos exercícios técnicos e clínicos. Pode parecer redundante o que digo aqui e agora , os manuais de psicologia estão repletos dessas idéias, entretanto não é o que observo no meu cotidiano. Sou grata pela oportunidade de poder navegar pelos setores da psicologia clínica particular e pública , nelas observo os mesmos entraves diante de nossas inseguranças frente ao sofrimento humano, nos armamos de nossas técnicas e encaixamos sofrimentos dentro de sintomas e patologias , e pessoas tornam-se casos clínicos, nos distanciamos do outro com medo que nos percebam humanos sofredores. Tornamos SOBERBOS , agarramo-nos em meias verdades, pois uma teoria é só uma face da verdade! E passamos a disputar o poder de quem detêm esta verdade, qual o diagnóstico , qual a teoria ? O sofrimento do outro se torna um objeto, no sentido de "coisa" e não objeto de estudo para dimensionar ações que dêem respostas efetivas ao pedido do outro.A grande chaga da psicoterapia é tentar encaixar pessoas dentro de teorias!Este blog como já falei anteriormente começa a partir de uma provocação, bem intencionada, de um amigo que há um ano e meio me perguntou qual era o meu norte terapêutico dentro do NAPS (Núcleo de Atenção Psicossocial) . Esta pergunta me causou estranheza e todas as respostas que dei não me satisfizeram. No fundo eu já não mais sabia!E na tentativa de responder não a ele e sim a mim, iniciei o blog Mahavidya e me deparei com toda minha fragmentação oriunda de varias crises de ordem global em minha vida . Nasceu ai o retalho de cobertor, composições mescladas de resgates pessoais e profissionais, e agora estando no meio da confecção deste cobertor consigo responder a pergunta: Eu , eu sou o norte de minha clínica. E olhando agora, recomposta em minha integridade, discordo do meu primeiro olhar , aonde assustada temia que fragmentada estaria executando um péssimo trabalho , que ao invés de ajudar estivesse prejudicando a quem me pedisse ajuda. Naqueles momentos como já não tinha forças para lutar contra a fragmentação eu simplesmente a aceitei e a mostrei e foi esta atitude que me transformou em uma terapeuta/pessoa presente e reestruturei os meus objetivos profissionais e pessoais. As pessoas que guio em suas jornadas de busca de seus "eus" e objetivos de vida respaldam estas conclusões. Falo isto para deixar claro que um terapeuta é um sujeito em eterna construção e que várias vertentes compõem está "tarefa", o pessoal, social, técnico, espiritual. E nestes campos sempre abertos de construções acabo assimilando e incorporando os atuais preceitos da teoria sistêmica quanto às questões da neutralidade terapêutica. Realmente não conseguimos permanecer neutros diante do outro, pois não conseguimos fugir de quem somos. E quando aceitamos quem somos naquele momento não atuamos contratransferencialmente. Corremos sim , este o risco quando nos aguáramos aos nossos medos, impotência , inseguranças e nos armamos tanto que perdemos a nossa potência e espontaneidade que são as fontes da cria-ação.Esclareço aqui que bem conheço o conceito da transferência e contransferencias e eles pertencem a uma ótica técnica e teoria e cabem dentro de um determinado settings terapêutico. Dentro de uma sessão com horário determinado o seu manejo é possível. Numa dimensão de atendimento ao grave sofrimento psíquico (psicoses e neuroses graves - aqui a nomenclatura cabe pra que tenhamos um entendimento comum do que estamos falando e não o contrario como já disse) dentro dos preceitos de funcionamento de unidades NAPS, que exigem diversidades de ações , settings diversos e exposições pessoais,as antigas óticas técnicas/ teóricas já não dão respostas efetivas e causam sofrimento aos terapeutas que com medo da perda da identidade profissional agarram-se a ela transformando-os em muralhas e em segundas peles.Concluindo, escolho começar por aqui para lançar a discussão sobre os campos da identidade profissional. Um tema delicado e importante do exercício clínico dentro da Saúde Mental no momento, diria uma ferida egoica a ser entendida e tratada, pois pode nortear os caminhos de nossas ações, e impedir de construirmos novos saberes a partir das raízes do antigo.Encerro com uma analogia que uso atualmente para dizer o que é meu trabalho a que procura minha ajuda , quer no serviço público ou no particular:- Veja bem esta imagem : Numa noite escura , você esta numa trilha e me pede para guiá-lo . Tenho a lhe informar que eu também desconheço o caminho e aonde ele vai dar . Acontece que eu possuo uma lanterna. Durante este trajeto algumas vezes eu estarei à frente iluminando o caminho, algumas vezes estarei atrás de ti iluminando o teu caminho à frente.Em outras estarei ao teu lado, ora seguirei de braços dados com você , oras você se apoiará em mim em outros momentos eu me apoiarei em você, e em muitos outros nos apoiaremos em conjunto e esteja certo em todas as situações estarei segurando a tua lanterna. Assim como haverá momentos em que te entregarei a lanterna. E não fique preocupada, a ordem desses momentos é sempre você que determinara, é segundo a tua necessidade. Pois eu sou apenas a Moça da Lanterna
Roseli T. Montanari




O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO NO ANO DE 2007, EM UM MOMENTO CRITICO PROFISSIONAL E EDITADO EM OUTRO BLOG , O DASA MAHAVIDYA , HOJE INOPERANTE. A MINHA INTENÇÃO AO EDITADO NESTE MOMENTO É DE FAZER UM RESGATE DE MINHAS EXPERIÊNCIAS COMO PSICOTERAPEUTA CORPORAL.


Domingo, 11 de Novembro de 2007
introdução />
Em decorrência dos últimos fatos, o meu pedido de transferência do NAPS-II, a desqualificação e/ou desconhecimento de minha qualificação, as mortes de usuários do NAPS durante este ano 2007. Resolvi começar a postar neste Blog a minha experiência como analista bioenergética com um teor científico. Deixo claro que isto já o fazia nas composições de Retalhos de Cobertor, concebo que tudo o que aprendi nas esferas acadêmicas e não acadêmicas foram interiorizadas e metabolizadas e fazem parte de minha visão científica e esta é a razão do porque não fico citando teóricos para respaldarem as minhas analises e falas. E de forma nenhuma me sinto usurpando o pensamento de outros, sou uma Rechiana e Tântrica de alma e é assim que concebo o saber , as pesquisas e seus resultados não são para Glorificar Pessoas e sim para contribuir para bem da Humanidade e de todos os seres que desfrutam neste momento deste planeta.E acredito que também seja este o objeto dos grandes pensadores da humanidade .Metabolizar , criar e re-criar , construir e re-construir os seus conhecimentos é uma forma de honrá-los.Transformar-me em um papagaio humano não é meu objetivo. Tenho a minha forma de ser e de falar daquilo que estudo, pesquiso, realizo e escrevo.Para encerrar essa Introdução vou deixar uma citação de Reich, que me acompanha desde que a li a mais de 23 anos atrás tem guiado a minha conduta humana e profissional."O AMOR , O CONHECIMENTO E O TRABALHO SÃO AS FONTES DA VIDA, DEVERIAM TAMBÉM GOVERNÁ-LA"

Namastê
Roseli T. Montanari
Psicoterapeuta Reichiana
Analista Bioenergética.
16/06/08 POR BAGALA ÀS 22 H

TÍTULO : SEM TÍTULO
Segunda-feira, 16 de Junho de 2008
Segunda-feira, 16 de Junho de 2008

RESPOSTA
UMA CONSIGNA QUE TRABALHAMOS EM TERAPIAS BIOENERGÉTICAS E O "PORQUE" . E ESTA SEMPRE DESATA UM MISTO DE RAIVA E MEDO, ADVINDO DO DESESPERO DESATADO DA INCONFORMIDADE DOS ACONTECIMENTOS QUE NÃO CONTROLAMOS. FICO A PENSAR ASSIM É MESMO A VIDA, JÁ NÃO ME PERGUNTO O PORQUÊ DOS RUMOS ATUAIS, BEM SEI QUE SOU IMPOTENTE DIANTE DA MAIORIA DESSES CURSOS. RESTA-ME A POTENCIA DE MINHAS ESCOLHAS, E ESTOU OPTANDO PELA DISTANCIA, TALVEZ ELA REVELE-ME O QUE NÃO CONSEGUIA VER DE TÃO DE PERTO. ESTOU A INDAGAR? QUAIS OS PORQUÊS DE MINHA CEGUEIRA? OU TALVEZ O PORQUÊ DE TANTA ILUSÃO?A TUAS RESPOSTAS EU NUNCA TEREI! ESTOU A PROCURA DAS MINHAS RESPOSTAS, AQUELAS QUE ME LIBERTARAM DESSE EMARANHADO DE TANTOS RANÇOS E RESSENTIMENTOS.
NAMASTÊ
Postado por bagala às 16:21 0 comentários
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RESPOSTA
UMA CONSIGNA QUE TRABALHAMOS EM TERAPIAS BIOENERGÉTICAS E O "PORQUE" . E ESTA SEMPRE DESATA UM MISTO DE RAIVA E MEDO, ADVINDO DO DESESPERO DESATADO DA INCONFORMIDADE DOS ACONTECIMENTOS QUE NÃO CONTROLAMOS. FICO A PENSAR ASSIM É MESMO A VIDA, JÁ NÃO ME PERGUNTO O PORQUÊ DOS RUMOS ATUAIS, BEM SEI QUE SOU IMPOTENTE DIANTE DA MAIORIA DESSES CURSOS. RESTA-ME A POTENCIA DE MINHAS ESCOLHAS, E ESTOU OPTANDO PELA DISTANCIA TALVEZ ELA REVELE-ME O QUE NÃO CONSEGUIA VER DE TÃO DE PERTO. ESTOU A INDAGAR? QUAIS OS PORQUÊS DE MINHA CEGUEIRA? OU TALVEZ O PORQUÊ DE TANTA ILUSÃO?A TUAS RESPOSTAS EU NUNCA TEREI! ESTOU A PROCURA DAS MINHAS RESPOSTAS, AQUELAS QUE ME LIBERTARAM DESSE EMARANHADO DE TANTOS RANÇOS E RESSENTIMENTOS.
NAMASTÊ
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16/06/08 POR BAGALA ÀS 22H

TÍTULO : SEM DIREÇÃO
Quinta-feira, 19 de Junho de 2008
Sem direção


Em muitas vezes neste quase um ano que escrevo neste universo internético, tenho escrito sobre minhas feridas e das costuras que tenho realizado. Hoje, quero falar do amor, da construção cotidiana do amor! E se alguém me disser que andei errado , eu direi que não ! Nem sempre estive certa nos meus rumos, só sei que estive entregue de corpo e alma neles! E é isso que importa!
Só quem ama sinceramente, pode receber o amor sincero!
Hoje me sinto nutrida e revigorada , a maior expressão de nossas construção está na devolução sincera , espontânea do amor e da gratidão.
Amo aquilo que faço, ou melhor, amo viver ! E viver e amar, é estar entregue!
Grata ao dia de hoje , pela dádiva de tanto amor recebido.
Namastê
Aqueles que eu cuido, e tão bem conseguem cuidar de mim.

Postado por bagala às 20h12min
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Marcadores: arte de viver

TÍTULO : MANICÔMIOS CULTURAIS/AFETIVOS
Sexta-feira, 20 de Junho de 2008
MANICÔMIOS CULTURAIS/AFETIVOS

Há 20 anos, os trabalhadores, os familiares e os usuários dos serviços de saúde mental, empenham-se pela desconstrução do modelo de tratamento asilar, ou seja, a desconstrução dos manicômios, e a construção de modelos de atenção a saúde mental alternativos aos antigos modelos que concebiam como a única saída de tratamento do doente mental, o seu confinamento . Nestes anos em que venho trabalhando e buscando novas respostas para a recuperação e inserção social destas pessoas, vejo que em muito temos caminhado na busca de novas respostas, ações técnicas para essa problemática a doença mental.
Hoje, não quero falar sobre técnicas e teorias e sim falar do manicômio cultural , social , enraizado e excludente em nossa sociedade. Das ações discriminatórias presentes em nosso cotidiano, e da minha indignação e tristeza ao assistir uma cena em que um usuário do serviço de saúde mental em que sou técnica e diretora é discriminado pela sua doença e aparência! É vedada a entrada em uma padaria elitizada
20/06/09 Postado por bagala às 16:13

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