CANTÃO DE BORACEIA - FOTO ROSELI JAN/10 - AONDE RESIDE O MEU CORAÇÃO

O DASA MAHAVIDYA ENTRA NUM FLUXO DE REEDIÇÃO.AO RELER VÁRIOS ESCRITOS AQUI POSTADOS, FICO PASMA E ENVERGONHADA. TOMO CONSCIÊNCIA DA DIMENSÃO DE MINHAS FACETAS DE MULHER. ALGUMAS BRILHANTES , OUTRAS TENEBROSAS.ENFIM PRESERVO AS TENEBROSAS, POIS NINGUÉM FOGE DO QUE É. E QUEM SABE AO REMEXER NESTES CASTELOS DE AREIA, EU ENFIM CONSIGA SARAR AS MINHAS FERIDAS.



QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

DASA MAHAVIDYA - KAMLA

O DASA MAHAVIDYA
livro de areia
atemporal
tal qual as minhas lembranças.

sábado, 10 de janeiro de 2009

LIVRO DE AREIA - CAPITULO 4



INTRODUÇÃO:
NESTES DIAS ESTAVA A PROCURA POR RESPOSTAS À INDAGAÇÕES INTERNAS.
AS DASAS MAHAVIDYAS INICIAVAM A SUA INTERVENÇÃO EM MEUS UNIVERSOS INTERNOS





IMAGENS DE UM BURACO NEGRO NO ESPAÇO SIDERAL

Sempre fico perplexa com o conhecimento retido na mitologia indiana.

Hoje ao surfar na net em busca de imagens galácticas, deparo-me com buracos negros no universo e reflito: “é isso ai a noite eterna de Kali, a devoradora da criação”. “A que engole o tempo.”

A partir dai começo contatar com a extensão dos significados desta Grande Mahavidya.

Indo para longe dos significados e significantes que aprisionam a minha consciência.

Estou tão mergulhada no cotidiano de minhas dificuldades, anseios, perdas , desejos e medos , que estacionei , congelei a minha consciência.

Dentro do esoterismo há um postulado retirado da Bíblia que diz:

"assim na terra como no céu" .

O que lá acontece de alguma forma acontece aqui também.

Os buracos negros , são a morte das galáxias, mais cedo ou mais tarde as devoraram em instantes!

E tal qual a morte que um dia me espera, não sabemos tanto eu como as galáxias

o que por detrás de nossos buracos negros .

Penso que o medo do amor e da entrega a vida, seja um buraco negro do campo energético- emocional humano.

Ele draga nossas forças e nos paralisa na vida.

E cá estou eu viajando neste buraco negro existencial, brigando com meus sentimentos, tentando interpretar e dar significados a este sentimento, a esse

amor que brota em meu ventre.

O meu ego debate-se aterrorizado, racionaliza , encontra empecilhos, faz grandes interpretações.

E, no entanto cada dia que passa eu amo mais e mais!

E neste dialogo de doiduras,

fico me dizendo:

Deixa de ser pueril!

Você tem que usar a sua energia para reconquistar o que perdeu!

Tem que ir para nossas conquistas em sua vida!

Vai pra porra!

Vejo que é este sentimento que tem me resgatado e energizado.

Tem sido meu companheiro nesta viagem por esse túnel escuro e vazio.

É o que nutre a esperança de que existam outros braços e colos pós Kali

Kali me diz devorando o meu tempo dia a dia , que só levarei para além do buraco negro aquilo que eu viver, sentir e degustar.

É a energia que se perpetuará pelo universo, a energia do que realmente foi a Roseli.

Então que venham as bocas, os braços a me engolir, a me envolver.

E me perder no êxtase desse amor.

Namastê



PUBLICADO EM 07/10/07 AS 22H


TÍTULO : Irmãs Siamesas - Vida e Morte





“Escuta O Divino. Falarei da consciência da essência do Yoga.
O corpo assemelha-se a uma árvore, com a raiz acima e as filiais abaixo. No macrocosmo há trilhas (que banham lugares) que existem também no corpo. O macrocosmo é como o microcosmo. - Todala Tantra, II “


Leitores desculpem essas tentativas de transformar devaneios mundanos em contatos com a sabedoria tântrica. Informo que possuo consciência do alcance de minhas meditações, embora se assemelhem a profundidade de poças d’água. Peço-lhe paciência! Tudo é um inicio e quem sabe dentro dessas gotas d’água se encontre o meu despertar, pois o inicio contém meio e o fim.
E o Tantra é o caminho, o instrumento, a ferramenta do instantâneo.
Por fim se esses devaneios não lhe provocarem “nada“ , que ao menos proporcionem diversão.
Namastê

A noite sempre me fascinou , o meu ” relógio energético” realmente está carregado no período noturno. A mente torna-se viva e meu corpo carregado a partir do por do sol.
Vivências repletas de sabores e dissabores, na noite sempre me encontrei e alcei vôos internos. Nelas experimentei estados de êxtases corporais e espirituais, estados de terrores infundados com ameaças internas, bem como aqueles repletos de ameaças externas.
As noites teen uma marca especial em minha atual existência, nela conheci e me despedi para sempre de pessoas especiais.
Esse encontro com Kali , a Senhora Regente da Noite da Eterna, levou-me a viagens , elucubrações mil. Que a principio pensei serem infundadas , apenas viagens, devaneios . Mais olha amigo é assim a noite de Kali, segundo um dos mais antigos textos védicos o Sukra de Ratri, referindo-se a dois tipos de noites, uma vivida pelos seres humanos e outra pelos seres divinos. Assim quando toda atividade cessa, vem a paralisação , quando o ultimo ser divino vier descansar é a noite da destruição é a noite de Kali , esse é um dos seus aspectos a noite da cremação, a noite que tudo consome, a tudo purifica.
A morte no final é a ultima das purificações, nela tudo cessa , nela nada permanece.
Entendi isso quando meu pai morreu, não sei se todas as vivências de morte assim, o final de alguém ou de algo que muito se amou. É o contato e a assimilação derradeira do conceito de impermanencia.
Um ser vivo morre! Uma Galáxia morre! Um ser vivo nasce! Uma galáxia nasce! Talvez a morte, os buracos negros sejam apenas grandes bocas e vaginas que a todo engolem e a tudo expelem. “Em cada noite há uma boca voraz, um útero acolhedor” e um portal, uma grande vagina que a tudo expele.

Cada noite é vida, cada noite é morte, irmãs siamesas desse eterno.... atemporal....devir .....eterno devir....

Rose Montanari

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TÍTULO : A Universalidade da Fêmea

O Tantra estrutura a sociedade nas bases do matriarcado e neste sentido o feminino é reverenciado e assume um lugar de poder e sabedoria. Permeando uma visão de mundo voltado ao natural. Enxergo que a construção desse pensamento, aonde o mundo é permeado de energia. Um universo vivo e pulsante abrangendo as esferas do orgânico e do inorgânico. Refletem no fundo um profundo amor e respeito ao nosso universo, valores hoje tão perdidos em nossa sociedade patriarcal que desumaniza tanto a homens como a mulheres e ameaçam a continuidade da existência do planeta terra.
Ao contatar o Tantrismo percebo raízes do pensamento sistêmico, uma rede intrínseca, entrelaçando visões e aspectos antagônicos em um único postulado. Assim como na iconografia de Kali aonde vemos encarnadas as energias de fúrias destrutivas a aspectos maternais acolhedores e protetores; da sensualidade da amante a sabedoria divina.
Entre mil faces de mulher, resgata a amplitude da essência feminina tão encarcerada em nossos tempos dentro do pensamento patriarcal aonde se venera apenas emanações unilaterais do feminino: dentro da imagem de santa não cabe a face de puta, guerreira ou sabia e vice-versa.
Embora neste aqui e agora tenha me referido apenas as suas personificações etéreas e destrutivas, nas suas relações com a morte e com os mortos no mundo da cremação. Acredito que isso se deva a este estado de luto existencial em que me encontro o encontro com Kali remeteu-me a terra da cremação. Onde estou incinerando os meus mortos, espectros de perdas, de sonhos, desejos, de ambições e por fim de uma visão de ver a vida e de amar.
Sabe amigos em meu temor pela morte o que aterrorizava nunca foi o ato de morrer e sim o medo do desconhecido, do devir, da falta de controle sob a decomposição corporal pós-morte.
Refletindo os sentidos subjetivos da cremação, da brutalidade do momento em que instantes deixa-se de existir, remetendo as realidades da morte e do luto.
Aqui no ocidente temos como habito enterrar nossos mortos e venerar e chorar as nossas perdas, na eterna tentativa resgatar o perdido, dando um lugar concreto a ele, construindo cidades de mortos e nos atendo a lutos infinitos.
Desta forma encerro hoje esta viajem ao universo de Kali, desta forma compreendo e cremo o meu caixão e dentro dele todo o meu luto existencial. Vejo que não é por covardia e por falta de capacidade que não recupero o perdido e sim porque ele não mais existe, escolho incinerar o que amei ao assistir e chorar a sua decomposição num luto eterno.
Não sei o que virá por vir neste universo de re-criações e re-destruições, fico na gestação de óvulo pós-morte da Roseli.
Não se engane aqui tem morbidez , bem como vivacidade , pois não há vida sem morte, prazer sem dor, criação sem destruição. E neste sistema, caro amigo, a nossa potencia esta em apenas em ser um navegador. Tanto a vida como a morte, nos escapa por entre os dedos, estão além de nossa vontade, de nossos desejos, a única permissão que nos é dada é a escolha de como viver e morrer.
Então façam uso de suas potencias e vivam e morram! E retornem a viver e a morrer infinitamente.
Namastê
Rose Montanari
Hum Hreem Hreem Dakshine Kaalika do Hum Kreem Kreem KreemHum Hreem Hreem Swaha do Hum de Kreem Kreem Kre

Rose666Marcadores: MEDITAÇÃO

1 comentários:

andre miolo disse...

gostei do texto. cada dia mais claro essa forma de comunicar. tb concordo contigo sobre esse aspecto da morte e vida. um pouco de morte na vida (afinal só falamos dela em vida)e um pouco de vida na morte (como fazem os mexicanos)
amanhã começa oficialmente minhas férias
eita nóis!!!!
vai vendo o estrago...hehehehe
namastê
bjos
andré

15 de Outubro de 2007 08:57




TÍTULO: LITERALMENTE COM A CRUZ-ESPADA

Ontem, ao me deitar e após encerrar as postagens sobre a Mahavidya Kali, adormeci assistindo como sempre ao um programa da History Chanel sobre civilizações antigas. Tive um sonho dantesco que pouco me recordo agora, mais que teve muito impacto durante a noite o suficiente para me acordar e ter após isso uma péssima qualidade de sono.
Até agora fica a impressão do clima do sonho, o que recordo é o seguinte "
Sinto uma mão enorme e feminina vir em direção ao meu peito e arrancar dela um objeto hibrido dourado, uma espada em forma de cruz, este instrumento ocupava a parte dianteira de meu corpo começando na parte superior do tórax e terminando no baixo ventre. O seu cabo ocupava toda a área do tórax e encaixava por entre os seios, logo abaixo na região do final do esterno encontrava uma haste horizontal formando a cruz, e encaixada na horizontal encontrava-se a longa lamina da espada.
Acordei logo após com uma sensação forte e pulsante na área que a espada-cruz foi retirada com a sensação de alivio e ao mesmo tempo de ter sido usurpada e passei a noite inteira com o sono entrecortado e turbulento.
E no impacto deste sonho, sigo agora na procura de seus significados.

Rô666

PUBLICADO EM 15/10/07 ÀS 11 H

TÍTULO : DASA MAHAVIDYA TARA E A NOITE DA FRUSTAÇÃO



HEI! LEITORES! ATENTEM A ESTA NOITE!

Não sei por onde começar, quais conexões existentes entre a frustração, o pavor e por fim a compaixão.

Só sei que agora estou muito angustiada e sentindo na alma o peso das ações oriundas de minha profunda doidura. Sou muito esquisita, desorganizada e fora de orbita. Só consigo orbitar com maestria os campos dimensionais da psicoterapeuta, lá consigo ter compaixão pelo outro, e eu sei que assumo uma determinada organização e torno-me chão. Um amigo e companheiro de trabalho escreveram o seguinte depoimento: " O seu trabalho tem chão , você tem completo domínio de sua clinica e navega por ela sem dificuldade. Lá pessoa estabanada desaparece por completo!!!

Belo depoimento, pena que não consigo ser assim fora das relações de ajuda, fora do campo afetivo. Gostaria de ter chão nas coisas mundanas, cotidianas que organizam a vida concreta. Entretanto por mais que eu tente não consigo.

Sei que isto transforma a vida de qualquer pessoa que esteja ao meu lado num inferno!!! E agora me sinto completamente infernizada por tanta desatenção, atrapalhação e desorientação.

Que divisão interna é essa que ultrapassa o campo egoico e invade a alma, estilhaça em trilhões de pedaços e eu não consigo nada que as cole e me transforme numa mulher de meia idade normal.

Hoje a minha noite de frustração, é essa!! Não queria ser muito certinha, mais também não precisava ter nascido tão anormal.

Namastê amigos

Hoje não é uma boa noite

PUBLICADO EM 16/10/07 AS 22H

Vou encerrar esta parte 4 pois existem lapsos de textos , vou tentar encontrá-los . Sem eles este momento fica incompleto.

No entanto se foram nos escritos permanecem na memória.

Roseli

10/01/09

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