DASA MAHAVIDYA: LIVRO DE AREIA

SAINDO DE MIM – IVANS LINS E PAULINHO DA VIOLA

INTRODUÇÃO
QUANDO EMPENHAMOS-NOS EM UMA JORNADA MÍTICA , QUAL ESTOU FAZENDO COMPONDO O LIVRO DE AREIA . A MINHA BIOGRAFIA PELOS UNIVERSOS DE MINHA LOUCURA. AO REMEXER AS AREIAS , CAVOUCANDO AS DUNAS , ENCONTRAMOS DE TUDO, E TUDO EM A TONA. NOS SUBJETIVOS E OBJETIVOS DA EXISTÊNCIA.
HOJE, POR VOLTA DAS 13H ESTAVA TERMINANDO A EDIÇÃO DA PARTE 24 QUANDO O CELULAR TOCA. A PRINCIPIO UMA VOZ MASCULINA , DESCONHECIDA, INDAGA PELA Dr.ª ROSELI. RESPONDO DE PRONTO , PENSANDO SER ALGUÉM A PROCURA DE SERVIÇOS DE PSICOTERAPIA. A PESSOA DIZ: “-TATINHA , NÃO LEMBRA MAIS DE MINHA VOZ!!!!” ESTARECIDA E INCOFORMADA COM QUE OUSO , RESPONDO : “- WAGNER ?!! “
SIM ERA O EX-MARIDO AO TELEFONE , NÃO VOU AQUI DESCREVER A NOSSA BREVE CONVERSA, SERIA PERDA DE ENERGIA E TEMPO. VOU SIM FALAR DO QUE ISTO ME PROVOCOU! O CORTE QUE DEI NOS RUMOS DA CONVERSA, E DE FORMA ELEGANTE, MAS FIRME, ME FEZ SENTIR MUITO BEM!!
OS MOTIVOS QUE APRESENTOU PARA DAR O “AR DE SUA GRAÇA” , SÃO SEMPRE DESCULPAS ESCUSAS , HISTÓRIAS MAL CONTADAS ! OU SEJA , POR MAIS QUE ME DIGA QUE RENASCEU, QUERENDO AFIRMAR QUE OPEROU MUDANÇAS EM SUAS FORMAS DE SER NA VIDA . ESTE TRAÇO DE CARATER NÃO SE MODIFICOU!
APÓS A NOSSA BREVE CONVERSA, OU MELHOR, DESCONVERSA DE MINHA PARTE. A MÚSICA ACIMA CANTAROLOU EM MINHA CABEÇA DURANTE TODA A TARDE NO TRABALHO.
É VERDADE ELE JÁ SAIU DE MIM, SAIU DE MIM NÃO SÓ O AMOR, A DOR QUE ELE PROVOCOU TAMBÉM. NÃO SENTI NADA, NEM UMA PONTA DE ORGULHO, VANGLORIAR-ME, NÃO ME ESQUECEU! NADA!
JANEIRO TEM SIDO UM MÊS INTERESSANTE, VÁRIOS OS HOMENS QUE PASSARAM PELA MINHA VIDA REAPARECERAM. PERCEBO QUE UM CIRCUITO ESTA SE FECHANDO E ELE TEM RELAÇÃO COM A FORMA QUE LIDO COM O AFETO E A MINHA ENTREGA PESSOAL.
WAGNER, A ÉPOCA EM QUE TRABALHEI NO CPTRA, MILITEI NO P.T. , O MEU PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE 2008, AS MINHAS RELAÇÕES FAMILIARES , TODAS ELAS ESTÃO RELACIONADAS E TEM UMA PAUTA EXISTENCIAL EM COMUM. E TENHO CERTEZA QUE TODAS TÊM RELAÇÃO COM O MITO DE JOANA D’ARC.
ESTOU PROCESSANDO, RUMINANDO ESTE CIRCUITO E EM BREVE ELE BROTARÁ DAS DUNAS DE AREIA . TALVEZ NUMA BELA FLOR DO DESERTO.
ROSELI 19/01/09
TÍTULO : SEM TITULO
Segunda-feira, 30 de Junho de 2008

BESTEIROL
FIQUEI ,A PENSAR-SENTIR. É AMIGOS EU NÃO PENSO SEM SENTIR AO MESMO TEMPO E VICE-VERSA.
ASSIM NÃO CORRO O RISCO EM FALAR TANTA BESTEIRA.
BESTEIRA NÃO É A PALAVRA DESPROVIDA DE SIGNIFICADO, DESATRELADA À REALIDADE, OU A CONCEITOS RACIONAIS E INTELECTUAIS. BESTEIRA É FALAR A PARTIR DO OUTRO DESCONECTADO DOS SEUS SENTIMENTOS.
BESTEIRA É USAR A PALAVRA COMO FONTE DE EXPRESSÃO DE SEGUNDASINTENÇÕES.
BESTEIRA É SER ANALITICO FORA DO SISTEMA.
DESTA FORMA CONCLUO QUE QUANTO MAIS "BESTA" UMA PESSOA SE REVELAR SER, MENOS BESTEIRA IRÁ DIZER.
O BESTA É O SUJEITO MAIS AUTÊNTICO, ESPONTÂNEO E HONESTO. PARA ALGUÉM SER BESTA TEM QUE NÃO SE PREOCUPAR COM A OPINIÃO ALHEIA. ESTE SIM É O VERDADEIRO "BESTA".
O BESTA, AQUELE SUJEITO AUTENTICO, O VERDADEIRO BESTA ! O QUE SÓ FAZ BESTEIRA!É AQUELE QUE ESTÁ REALMENTE ENTREGUE EM SUAS AÇÕES. ESTÁ CONECTADO CONSIGO MESMO.
ELE PENSA-SENTE AS SUAS AÇÕES. DO QUE VALE MIL ANALISES REALIZADAS A PARTIR OLHAR SOB O COMPORTAMENTO DO OUTRO. POR MAIS QUE ELAS SEJAM BRILHANTES DO PONTO DE VISTA ACADÊMICOS. ESTARAM DESPROVIDAS DO "EU"!O BESTA SEMPRE INCLUE O "EU"! ELE TÁ VIVO, FALA DA VIDA! O OUTRO ESTÁ MORTO, PRESO EM SUAS ESPECULAÇÕES E DEVANEIOS MENTAIS.
SEI LÁ ,SE É BESTEIROL, O QUE DIGO AGORA,! MAIS QUERO EVOLUIR E CHEGAR SER UM DIA UMA BESTA!
NAMASTÊ
30/06/08 POR BAGALA ÀS 19:38
TÍTULO : ROMPER PARA REUNIR
Terça-feira, 1 de Julho de 2008

ROMPER PARA REUNIR
Estranhos são os movimentos desenhados em nossos caminhos. E a potência que tem compor esse espaço, sem dúvida o blog Dasa Mahavidya possui uma grande energia construída através desse um ano, foi que elaborei e costurei a minha alma retalhada. Nele mergulhei funde dentro de mim e perdi o medo em mostrar quem eu sou. Este Blog Bagala já não tem a mesma expressão e significado, aparentemente. A ação de interromper o Dasa Mahavidya tem um significado que só agora elabora completamente. Ele caminhou lado a lado com minha transformação interna e externa. Era de se esperar que após recompor-me internamente que isto se se manifesta em minha vida e principalmente na esfera que permanecia intocada nestes anos desconstrução e perdas. A esfera profissional haveria de ser desconstruída para que o novo se se opera em minha vida. E vivo a desconstrução da psicoterapeuta, nestes últimos 3 meses foi difícil atender, estar presente nas sessões no consultório. Sinal para mim, que as coisas não andavam bem comigo. Faltava energia vital para operar os processos energéticos e até nos níveis verbais das sessões. Timidamente percebo que nestas últimas 2 semanas a situação vem se alterando, consigo sair do NAPS e “estar presente” em meu consultório e no final da jornada de trabalho sair com a sensação de bem estar. O stress na função de diretora no NAPS é intensa, os conflitos estão expostos a carne viva, bem sei que eles são antigos e estavam acomodados e suportados por todos. Quando mexemos na figura de poder de um sistema destampam-se tudo o que estava implícito. E neste momento de vida não quero, por opção, ocupar o lugar que me impõem sistemicamente. Já paguei um preço alto na vida em tentar dar contar e conter o que não me cabe. Desta forma se instala o caos institucional, as vestimentas narcísicas estão em farrapos e quem de nós agüenta ficar nu diante de um espelho coletivo. A raiva pela perda das imagens egoicas que perfaziam a ilustração das relações e papeis ocupados pela equipe foi manchada e está destruída, e a perda desta construção provoca a ira e a confusão dos poderes desconstruídos. Todos nós desejamos que a vida caminhe , evolua dentro de nossos desejos e ambições , e que não nos tire acomodação , a ilusão de nosso lugar seguro. Doce ilusão, a negação da morte, aqui transformação, leva a construção narcísica , o apego a ilusões de ego e a construção neste sentido de formas sistêmicas relacionais psicopaticas. Assim não boicotamos apenas as novas construções, os novos projetos e sim a desconstrução de nossos mundos narcísicos. Temos medo de constatar quais as construções que operamos em nossas vidas e dar de cara com a morte-transformação presente a cada instante. A presença da morte revela o quanto nos entregamos na vida, a intensidade com a qual vivemos e com que valores a colorimos. Agora , como falei no texto anterior, quero falar a partir do eu , e não DO EU NARCÍSEO! Por isso vou falar de minhas mazelas , pois não posso só ver e analisar as mazelas coletivas e não me inserir nelas. Análises desprovidas deste foco , podem ser bem apreciadas , ou até aprovadas por quem lê, no entanto para mim elas são incompletas e estéreis . Afirmo aqui que ao analisar este contexto coletivo não tenho a intenção de apontar o dedo para ninguém, não tem um cunho acusatório e narcíseo. Por isso insisto em me mostrar dentro dele, pois só a partir de me olhar nua no espelho eu posso ter esses insights. Sinto, agora, que operei o meu luto pelas perdas-mortes destes últimos tempos. No concreto perdi o lugar que ocupava com prazer, abortei projetos, despedi-me de construções. Lugar aonde me nutria. No campo das construções ilusórias, perdi o lugar das relações, sai do coletivo e fui para isolamento afetivo. Entendo que por um lado entrei para o esquecimento, como tudo que se vai embora. A perda que não pode ser vista, e por outro lado ,dentro de meu narcisismo super estimava as minhas ações conjuntas como técnica, o meu trabalho como analista bioenergética . A bioenergética é reconhecida e valorizada pelos usuários que fizeram uso dela , no entanto indiferente aos olhos da equipe técnica. Outro desmanche ilusório era minha construção afetiva nos relacionamentos , constato que eu construí uma idéia de amizade aonde que não existia. Acredito que dentro de minha solidão acabei investindo afeto num coletivo que não era real. Dentro da conjuntura sistêmica narcísea , não há energia disponível para esta construção , a afetividade é agregada a pessoas e não a imagens. Aí compreendo o porque tão facilmente se desloca e se valoriza a percepção da função e não das pessoas. E as pessoas e as suas construções , simplesmente desaparecem da noite pro dia e passamos a enxergá-la apenas dentro da atual função. Ao repensar isso compreendo que tenho direito de chorar e denunciar as minhas perdas, bem como as pessoas tem o direito a ignorá-las e estranhá-las.Em meio a muitas atribulação um usuário N. , pega-me pelo braço afoito e me leva a uma sala de atendimento , fecha a porta e diz um tanto alterado:- ROSELI, VOCÊ TEM QUE ENTENDER E NÃO VAI TER MEDO. NÃO MUDA. NÃO DESISTA. OLHA BEM É PARCIMÔNIA! EU TODA NOITE , NÃO LEIO A BÍBLIA , NÃO EXISTE RELIGIÃO....VEIO O ANO 2000 E O MUNDO NÃO ACABOU...ENTÃO NÃO EXISTE RELIGIÃO.. EU DEITO A NOITE E PEGO E FALO COM ELE , MEDITO PARA TER CONTROLE NA MINHA MENTE DURANTE O DIA ! ENTÃO É ASSIM PARCIMÔNIA!DIGO: MEU BOM N, É VERDADE TENHO QUE REASSUMIR MEU CENTRO, IR PARA ELE ....MEDITAR A NOITE PARA TER UMA BOA MENTE PARA COORDENAR. A PARCIMÔNIA! ASSIM REDEFINO OS MEUS OBJETOS, A MINHA GESTÃO NÃO É PARA UNIFICAR A EQUIPE DO NAPS...O NAPS É DOS USUÁRIOS TAMBÉM ..E A CONSTRUÇÃO É DELES...TALVEZ DEVA INVESTIR NESTA CONSTRUÇÃO. A SAÍDA QUE PROCURO , OU A INGESTÃO DO NOVO QUE REORGANIZE ESTE SISTEMA NARCÍSEO PSICOPÁTICA. O CONTROLE DEVE VIR DE QUEM UTILIZA O APARATO DE SAÚDE.
NAMASTÊ
01/07/08 por Bagala ÀS 21h50min

ESTOU CANSADA , ENCERRO POR AQUI !
ESTE AMIGO, AQUELE DA VIAGEM AOS UNIVERSOS DA LOUCURA, ME FEZ REFLETIR NAQUELA OCASIÃO. E AGORA REEDITANDO O TEXTO ACIMA PERCEBI QUE FOI ESTE O RUMO QUE TOMEI NOS ÚLTIMOS SEIS MESES DE 2008.
APESAR DE TODA AFETAÇÃO DAQUELES DIAS, EU CUMPRI COM QUE PROPUS ! DEI VOZ AOS USUÁRIOS E AS SUAS AÇÕES! BASTA CONFERIR E VER A EVOLUÇÃO NAS REFORMAS CONCRETAS E NAS CRIAÇÕES QUE PERMITI QUE ACONTECESSEM. E ATÉ INVESTI NELAS.
VOU DORMIR EM PAZ!
ROSELI 19/01/09

P.S : LEMBRA DE MIM ! AINDA ESTOU AQUI!