CANTÃO DE BORACEIA - FOTO ROSELI JAN/10 - AONDE RESIDE O MEU CORAÇÃO

O DASA MAHAVIDYA ENTRA NUM FLUXO DE REEDIÇÃO.AO RELER VÁRIOS ESCRITOS AQUI POSTADOS, FICO PASMA E ENVERGONHADA. TOMO CONSCIÊNCIA DA DIMENSÃO DE MINHAS FACETAS DE MULHER. ALGUMAS BRILHANTES , OUTRAS TENEBROSAS.ENFIM PRESERVO AS TENEBROSAS, POIS NINGUÉM FOGE DO QUE É. E QUEM SABE AO REMEXER NESTES CASTELOS DE AREIA, EU ENFIM CONSIGA SARAR AS MINHAS FERIDAS.



QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

QUANDO ALGO DEIXA DE EXISTIR ....NÃO HÁ O QUE DESCREVER....RESTA A LEMBRANÇA....QUE CADA UM PRESERV

DASA MAHAVIDYA - KAMLA

O DASA MAHAVIDYA
livro de areia
atemporal
tal qual as minhas lembranças.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

LIVRO DE AREIA - CAPITULO 1

Irei iniciar por alguns textos recuperados da primeira edição deste blog , criado em meados de maio/2007 –

MAHAVIDYAS - EMANAÇÕES DIVINAS DAS DEZ GRANDES SABEDORIAS(TEXTO DE ABERTURA)
Mahavidya – Emanações Divinas da Sabedoria (texto de abertura do Blog)
Há um ano um colega de trabalho, hoje um grande amigo, me pergunta: Qual o norte de seu trabalho como terapeuta? Atônita eu não consigo responder claramente a ele, e sinceramente nem a mim!
Diante desse conflito, contraditório, pois sempre fui reconhecida pela competência teórica e técnica, como uma profissional e uma pesquisadora dedicada e séria, sempre aberta a novos conhecimentos e praticas terapêutica.
A falta de assertividade em minhas respostas fere o brilho de meu ego, mas me remete ao”chão” e a constatação de estar retalhada , vendo minhas experiências e vivencias espalhadas pelo chão em conseqüência da devastação de consecutivos furações,sofridos nos últimos anos. Percebo-me encolhida e defendida no isolamento, sobrevivendo apenas!
A partir daí inicio composições que denomino de “Cobertor de Retalhos”, a principio para resgatar a historia 10 anos de implantação do NAPS (Núcleo de Atenção Psicossocial) e os desdobramentos dos novos saberes teóricos e técnicos da experiência destes 10 anos dentro do NAPS.
Desde a primeira composição enfrento dificuldades oriundas de duas vertentes, por um lado ciente de minhas dificuldades na expressão escrita, não consigo redigir o texto dentro das especificações acadêmicas. E por outro lado, só consigo escrever a partir de minhas experiências e conflitos, não desvinculando o processo técnico e teórico de minha história pessoal.
Ousadia! Pura loucura, mais é desta forma que vou falar e compor e recompor os meus retalhos, confeccionar este cobertor que reveste o meu corpo e self e aquecida e protegida sair do isolamento.
Por questões éticas, de profundo respeito e amor, os primeiros relatos não serão editados aqui, pois envolvem terceiros! Mais foi o ponta-pé inicial do que se tornou hoje esse espaço e essa necessidade de soltar a voz e gritando as minhas mazelas e estases confeccionar esse cobertor existencial.
A metáfora de cobertor de retalhos retrata as intenções desse espaço, um lugar acolhedor, quente, que fale das intimidades humanas, buscando as formas simples, sinceras e espontâneas.
Um espaço de expressão das emoções; dos amores e desamores; dos ditos e dos não ditos; do divino e do profano.
E ao contrario da colcha de retalhos que é uma composição de decoração, o cobertor está presente em nosso cotidiano, nos momentos de solidão, preguiça, prazer, companheirismo, nele sempre cabe mais um, então seja bem vindo e traga o seu retalho.
Incorporadas nas dez divindades femininas do panteão do hinduísmo tântrico.
Viajar em seus espaços míticos é saborear os desdobramentos das existências em busca do Samadhi. É ser acolhido e embalado em seus braços etéreos, nesse balanço compor o conhecimento e o desconhecimento de nossas verdades presentes em cada ação e reação de nosso cotidiano.
No jogo do divino e do profano abrem-se espaços para o mergulho no humano.
Assim esse espaço é um convite para expressão do divino e dos profanos tão presentes em nossas mundanas experiências.
Bem Vindos!!
NAMASTÊ

TILTULO : FACES - A SABER - E QUEM SABE - FACETAS –
(BLOG MAHAVIDYA)
“Há um brilho de faca aonde o amor vier, e ninguém tem o mapa da alma da mulher. Ninguém sai com o coração sem sangrar ao tentar revelar um ser maravilho entre a estrela e a serpente. Brilha feito diamante e corta a ilusão da gente...”.
“Um grande amor do passado se transforma em aversão e os dois lado a lado corroem o coração...”.
“Toca a vida pra frente fingindo não sofrer, mais o peito dormente espera por um bem querer...”.
“E sei que não será surpresa se o futuro lhe trouxer o passado de volta num semblante de mulher...”.


Há! Esse retalho, o mais difícil de compor, hoje acordo e sou arrebatada pelo insight, que explode em minha testa, escapa pelas minhas veias e derrama sobre minha pele desdobrasse sobre as dobras da coexistência dentro desta U.T.I. Encontro-me num coma atemporal, NOITE ETERNA DE KALI, AONDE TUDO É E NÃO É, AONDE NÃO ME RECONHEÇO NUM REENCONTRO DE ALMA.

Há! N.F., como agora te compreendo, acolho o teu desejo de ser arrebatado pela morte e lá ficar na não existência, diluída e unificada no vazio do ser, penetrado e penetrando neste óvulo de cria-ação. Da ânsia derradeira da junção de tantas mulheres, de tantas facetas, de tantas existências, de Rô’s, de Roseli’s, , de Rose’s, de Montanari’s, de Roselinhas’s, , Dra’s, Batatinhas’s, Gatinhas’s , Espanholas’s e de tantos falsos Eu’s que nem sei...
E agora nesse encontro, diante de DHUMAVATI, entre as lamurias das ilusões perdidas, das culpas, das desculpas que revestem o meu ego e formam esta forma de hoje marcada e desgastada pelo tempo, nesta viúves de alma, aonde o dourados anos do encontro com o resplendor da luz criadora KAMLA, do belo frescor sensual de SODHASI, da magia transcendental de BHUVANESHWARI, da coragem e força impetuosa de TRIPUR BHAIRAVI, e do abraço acolhedor de TARA, da eloqüência protetora de BAGALAMUKHI, São miragem que escapam de meus poros e se decompõem na vastidão deste vazio. Resta-me agora me alimentar do que era vivo, e do gosto desta carniça encontro MANTAGI e venero o sujo, o poluído, o que fede... E rendo-me a esta mulher que surge mediante a deteriorização.
O inebriante desejo da morte a muito me acompanha e só agora identifico o seu sabor, dentre tantas mortes, e de tantas tentativas de morrer, soberbamente saboreava o seu néctar dos relatos e dos desejos dos outros e ilusoriamente acreditava entender e vencer aonde não havia disputa. Neste ser sangue suga, bebendo desvairadamente os jatos sangue que jorram de outros e sem me perceber e sem experimentar o meu próprio néctar sanguíneo , o único que poderá me prover. Como a DAMA NUA que DECEPA A PROPRIA CABEÇA e SACEIA-SE DO PROPRIO SANGUE. Como CHINAMASTA degolo a minha cabeça nua diante de todos e entrego-me ao que é verdadeiro em mim.
O ato de morrer é inevitável, entrego-me ao seu abraço, e passivamente espero pelo sopro da regeneração, vir e inflar minhas entranhas, tão estranhas neste infinito “agora”.

‘FLÔR DE IR EMBORA É UMA FLÔR QUE SE ALIMENTA DO QUE A GENTE CHORA... “ROMPE A TERRA DECIDIDA FLOR DO MEU DESEJO DE CORRER O MUNDO AFORA.”


, prepotência, soberba e onipotência, e sede de poder!!!!
E diante da impotência perante tanto mal, o dele, o meu, o nosso chorei de mansinho e lembrei-me de teus braços e abraços acolhedores. E no vácuo de tua presença lembrei-me de tuas lições e arranquei as mascaras que grudam e agudam em meu rosto, rasquei as roupagens de falsas éticas eruditas, onipotentes que só norteiam, ou melhor, nos desnorteiam diante de dinâmicas relacionais sociopatas. E prometi a ti pai e a mim: “ Nunca mais permitirei ser arrebatada pelas ondas de poder mesmo que sejam por ditas “razões nobres”.
A nobreza de verdadeiras éticas reza outras ladainhas que não são as que hoje eu entoei, jogos táticos, estratégias inteligentes de ataque e contra-ataques, para fazer frente aos abusos de poder. Não me faz mais nobre!! Somente sentir a inundação de tanto mau, que enoja e reveste o meu corpo, que agora se desdobra para se desvencilhar de tanta gosma que não há sabonete, bucha e esfregões que façam sentir-me mais limpa!!!
Deve existir algum espaço/tempo aonde que não entoem tantas notas e acordes, que vibrem tão baixo escalão, deve existir acorde nos elevem a outras dimensões mais nobres e verdadeiras e que nos arrebatem no final do dia com o gosto do doce sabor da realização do labor digno. Árduo, suado exalando odores da verdadeira missão cumprida.
Com amargo na boca e com o choro entalado, fico com o desejo, que nasce e é sentido nas carnes e não frases bem feitas e refeitas saídas de manuais técnico-teóricos, de dias e espaços/tempos aonde se tenham tempo e espaço para verdadeiramente ser e estar feliz e confortável numa ação e numa reação.
Rô666 (POSTADO EM JULHO/07)
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TÍTULO: AVISO

Nos últimos tempos tenho ouvido referirem-se a mim como uma pessoa coerente, confiável. Que existe consistência entre minhas idéias, emoções e ações!
Cabe aqui uma pergunta: Será este o melhor ou pior traço de meu caráter?
Estou confusa, se este é o melhor que tenho e que mostro ao mundo, porque só tenho de volta indiferenças, traições, desprezo, desrespeito!!!
Virei alguém amargo, desiludido, rancoroso!!!
Ou sou uma mentira!!! Uma Hipócrita!!!
Ou sou muito burra, no nível cognitivo, emocional, social, político e profissional!!!
Há algo de muito podre nisto tudo, rejeito esses valores, que qualificam esses traços de caráter como bom ou ruim não vê a vida assim, só tenho a certeza que sou a que sou, e não consigo no momento ser diferente!!!
Chamem do que quiserem!!! Só que esteja certo ninguém mais se achegará a mim para pisar no que considero serem minhas “perola”!!!
A minha maior coerência esta na ira!!! E ela é devastadora!!!
Advertência vá pisar bem longe de mim!!!
Se me aceitam, caminhe de verdade ao meu lado, eu não aceito jornadas evasivas, dissimuladas!!!
Há um ditado muito sábio: DUAS BUNDAS PODEM CAVALGAR AO MESMO TEMPO UM ÚNICO CAVALO, MAIS NUNCA UMA BUNDA CONSEGUE CAVALGAR DOIS CAVALOS AO MESMO TEMPO!!!
Então concluo que o que sou não é boa ou ruim, é apenas o natural !!! Outras formas são apenas ilusões e devaneios e manipulações infantis e onipotentes.
(TEXTO EDITADO EM JULHO/07)


TÍTULO: DIGNIDADE - UM HORIZONTE PERDIDO? - PARTE 1
Um gosto amargo desce por minha garganta, uma forte pressão aperta-me o peito, esmagando e prendendo a minha respiração, o aperto aumenta transforma-se em pulsação, energia pulsante que se desdobra em bolos que percorrem garganta acima e irrompem em urros que escapam por entre meus dentes. O que posso esperar! Atônito vasculho o ambiente com olhos e na constatação do vazio, no desconforto do desespero constato: fui roubada?
E diante do roubo concreto, remeto-me aos roubos velados que perpassaram a minha a minha existência.
A esperança da menina que sonhava e dançava, rodopiando com o corpo enlaçado por véus multicoloridos, enrolados em colores de contas de cristais. Sonhava em ser mulher, e na ingenuidade da meninice deleitar-se nos devaneios de beleza, sedução e prazer. E esta menina habitou o meu corpo durante a juventude, nas travessuras dos primeiros namoricos,
No encontro do primeiro amor, na descoberta da brasa ardente dos tesos, e entregue aos deleites de beijos, toques, enlaçarem-se de corpos e perdida nos prazeres e nos ardores de mil fogueiras. E na descoberta desta Menina Mulher, sentindo o frenesis, o entusiasmo da descoberta e da entrega ao amor e ao prazer, eis que surge na contra-mão o julgamento meninas não brincam de coisas de mulher!! E mulheres não brincam como os homens, só a eles é concedida essa dádiva. A mulher só com a permissão!!!
Este foi o primeiro furto social velado, que me recordo e que marca os meus trajetos de mulher. Encolhida e humilhada no furto da dignidade feminina faço a minha primeira escolha entre: trancar minha vagina e abri-la sob a permissão masculina, ou ocupar o lugar da promiscuidade , ou seja da puta! Perdida, nos primeiros anos de minha juventude dancei e atuei nestes papeis. Até construir e encontrar um lugar mais digno. A idéia mítica da Mulher Amazonas representa e elucida a minha escolha, e que constato que muitas jovens mulheres hoje a abraçam!
Hoje, em várias escavações arqueológicas são encontrados vestígios da existência desta sociedade guerreira feminina, e que em muitos aspectos coincidem as descrições mitológicas. Ao não se submeterem às condições sociais de : submissões sexuais, intelectuais e sociais. Rebelam-se e constituem uma sociedade baseada no feminismo e fechado para o mundo exterior. Sua força revelava-se em desde cedo no treinamento físico e nas artes da guerra e na total independência, todas as necessidades e afazeres da sociedade eram realizados pelas mulheres, o que não tinham conquistavam através da força e estratégias de guerras, exímias na arte da montaria, no uso do arco e flecha. Suas tácticas respondiam ao ataque em grupo e rápido e fazer prisioneiros e o que deixa a marca de terror e medo. Eram extremamente inteligentes e criativas. Escolhiam quando e com iriam ter relações sexuais e as crias masculinas não permanecia na sociedade, eram banidas.
Muitos são os mitos e Amazonas famosas, o que marca sempre é o fascínio, medo, terror, respeito e o desejo que provocavam nos homens. Em vários mitos gregos aparecerem heróis, que as derrotaram e ao mesmo se apaixonavam por elas, mas não se tornavam relações estáveis, nunca se casavam com elas. Impossível uma relação se estabelecer pela luta e igualdade no poder.
Assim componho os meus relacionamentos com os homens e com a vida, a guerreira trouxe-me força e coragem para sair e sobre sair do núcleo familiar com poucos recursos.
Entre batalhas consigo uma formação superior e encontro um lugar profissional. Toda esta história é marcada de esforços tanto a níveis emocionais, financeiros e numa luta solitária.
Marcado por grandes amores, mais sempre com finais demarcados , pois a mascara da Amazonas impedia entregas , embora muitos foram os homens que foram meus companheiros, admiradores e amantes.

Parte 2

Desta forma foi composta a relação afetiva de 10 anos que denominei de casamento. Uma amazonas e um naufrago ferido jamais poderiam compor uma relação duradora fincada no amor cotidiano , sem batalhas e na éticas dos cuidados mútuos. No final desse relacionamento enterro a amazonas, e em meios a humilhações, derrotas e falências pessoais, profissionais e financeiras volta procurar abrigo em terras paternas e perante o acolhimento sem cobranças e criticas pude sobreviver até hoje. E neste acolhimento da mulher pude refazer vínculos estremecidos com meu pai, de pai para filha, de homem para mulher.
Agradeço ao naufrago, que denominei de marido, pois talvez sem as suas traições jamais tivesse a oportunidade a tempo de resgatar minha relação com meu pai antes de sua morte. Só por essa oportunidade, não mudaria em nada essa história, e por outro lado todo esse sofrimento transformou-me, sua mulher e um ser humano melhor.
Após a morte da guerreira nasce o reencontro com a menina tântrica e que sabe já na idade adulta, já pelos 48 anos ainda tenha a dádiva de poder realmente viver um grande amor. Na simplicidade das dimensões de ser homem e mulher, e desfrutamos nestes relacionamentos os "louros" da dignidade.
Hoje desejo apenas ter a sorte de encontrar um amor tranqüilo
Namastê
Texto publicado entre maio e junho/07
meta name="Originator" content="Microsoft Word 12

TÍTULO : A FLOR DA PELE


HOJE NÃO EXISTE PALAVRAS QUE COMPONHAM O QUE SINTO , PENSO E DESEJO.
TALVEZ HOJE OS SIMBOLOS POSSAM FALAR O QUE NÃO CONSIGO!!!
MARCADOS EM MINHA PELE , POSSAM GERMINAR E FLORIR
OS BIJAS MANTRAS , TRAZENDO AS SEMENTES DESSE VIR A SER.
EM ESPAÇOS AONDE EU POSSA EXISTIR EM CARNES MAIS VITALIZADAS!!!
स्री विष्णु नामः
रोसेली ताडू मोंतानारी
NAMASTÊ



Postado por Rose666 20/07/08 às 21:41

Marcadores: reflexões



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